Dados do Trabalho


TÍTULO

QUAL A INDICAÇAO, EFETIVIDADE E SEGURANÇA, DAS CIRURGIAS SINDROME DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO (SAOS)?

OBJETIVO

Conhecer a indicação, efetividade e segurança das cirurgias de Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS).

MÉTODO

Trata-se de uma revisão de literatura integrativa, com buscas nas bases de dados Pubmed, Lilacs e Bireme. Foram definidos 4 descritores: SAOS, efetividade, segurança e cirurgia. A partir deles, foram encontrados 28 trabalhos. Definiu-se como critério de exclusão os trabalhos anteriores a 2014, concomitantemente, adotou-se como critério de inclusão a relevância temática. Logo, essa revisão é composta por 13 artigos.

RESULTADOS

A apneia obstrutiva do sono é definida como dois ou mais esforços respiratórios com obstrução do fluxo de ar. A primeira linha de tratamento é multifatorial: mudança nos hábitos de vida associada a adesão à Pressão Positiva nas Vias Aéreas (CPAP). Embora essa seja a opção mais comum, com adesão por volta de 60%, seu insucesso leva o paciente a optar pela intervenção secundária, a intervenção cirúrgica. Uma indicação recorrente para esse procedimento é o sobrepeso, independente do sexo. Não apenas o sobrepeso infantil, mas o risco de malformações nervosas associadas a SAOS foi comprovado e é também importante indicador de cirurgia, com casos de lesões irreversíveis em regiões envolvidas com o controle autonômico, respiratório e cognitivo. Além da baixa adesão ao CPAP e sobrepeso, o risco de complicações cardiovasculares, como fibrilação atrial, é uma indicação cirúrgica de alta importância, que reflete sobre a qualidade de vida e de sono do adulto. Uma das principais modalidades técnicas cirúrgicas utilizadas para correção de SAOS consiste no avanço de maxilomandibular (MMA), que aumenta a área das vias aéreas superiores, entregando melhores resultados de perfusão e fluxo corrente ao paciente, com sucesso cirúrgico em mais de 80% dos casos e cicatriz mínima. Outra modalidade de intervenção é a amigdalectomia, que apresenta altos níveis de sucesso terapêutico em pacientes adultos aptos a realizar a cirurgia. Entretanto, ressalta-se que a SAOS não apresenta cura efetiva após a cirurgia, mas sim redução dos sinais e sintomas, inclusive com melhor significativa na avaliação da saturação mínima durante o período de apneia, bem como diminuição da sonolência diurna e ronco noturno. Destacam-se como pontos negativos o risco de falha, com retração do MMA, além de rigidez mandibular.

CONCLUSÕES

A intervenção cirúrgica para SAOS é uma opção secundária, porém frequente. Mesmo apresentando elevado risco cirúrgico e reconhecidas complicações pós-operatórias, a taxa de insucesso do método primário (CPAP) leva ao paciente escolher a operação. Da mesma maneira que os casos são singulares, a intervenção escolhida deve considerar fatores pessoais do paciente, como o grau do seu caso, sendo recomendado apenas pacientes moderados a graves. Os resultados após a operação são satisfatórios e permitem substancial melhora na qualidade de vida do paciente.

Área

CIRURGIA CABEÇA E PESCOÇO

Instituições

UniEVANGÉLICA - Goiás - Brasil

Autores

NAIZA MURIELLY PEREIRA BORGES, GUILHERME NASSIF CORREA, GERALDO Santana Xavier Nunes NETO, RADMILA FERREIRA MONTEIRO, MARIANA MALAGONI WIND, LUANA MENDONÇA SIQUEIRA FERNANDES, WILLIAM ÁLVARES