TÍTULO

ABORDAGEM LAPAROSCOPICA DO FEOCROMOCITOMA

OBJETIVO

O objetivo dessa revisão bibliográfica é analisar a adrenalectomia por via laparoscópica para feocromocitomas adrenais e comparar os resultados dessas diferentes técnicas cirúrgicas utilizadas, averiguando as suas indicações, contraindicações, vantagens e desvantagens.

MÉTODO

Plataformas PubMed, Scielo, LiLacs, Portal CAPES.
Artigos de data entre 2009-2019. Artigos originais.
Palavras-chave: Lararoscopia, feocromocitoma, adrenalectomia, supra-renal.
V. Tucci and S. Telematé, “The Clinical Manifestations, Diagnosis, and Treatiment of Adrenal Emergencies,” Emerg Med Clin n Am, vol. 32, 2014.
No presente trabalho é realizada uma revisão bibliográfica com objetivo de definir e analisar os vieses da adrenalectomia por via laparoscópica para o tratamento de feocromocitomas, que permite uma abordagem mais eficiente e com maior custo-benefício.

RESULTADOS

O procedimento de laparoscopia, cirurgia onde há uma pequena incisão e introdução do laparoscópio na região alvo do procedimento, foi realizada pela primeira vez no ano de 1902. Mais de cem anos depois, esta técnica permanece presente no cotidiano de um cirurgião. Essa técnicas cirúrgica está presente mais habitualmente em cirurgias ginecológicas, bariátrica, hérnias abdominais, remoção de pólipos tumores do cólon. Atualmente, discute-se esta abordagem no feocromocitoma, quadro clínico em que se tem um tumor derivado das células cromafins produtoras e secretoras de catecolaminas. Nessa linha, há duas abordagens laparoscópicas, sendo elas as técnicas transperitoneal e retroperitoneal. Esta última, tem demonstrado a melhor opção de tratamento para feocromocitoma, apresentando menor tempo de internação, menor morbidade pós operatória, menor perda sanguínea, menor período de convalescença, diminuição de queixas álgicas, evita complicações vasculares e viscerais, melhor resultado estético. Torna-se uma técnica preferencial para obesos e em tumores menores que 7 centímetros.À vista disso, o First International Symposium defende que tumores inferiores a 10 centímetros são passíveis de serem ressecados por via laparoscópica. Dos pontos negativos, a cirurgia laparoscópica retroperitonial exige maior técnica por parte do cirurgião, porém os benefícios são o suficientes para adquirir este aprimoramento técnico. Dentre as contraindicações para essa modalidade cirúrgica do feocromocitoma temos portadores de cardiopatias e de pneumopatias severas, cirurgias abdominais prévias na região da suprarrenal afetada, e lesões malignas maiores que 10 cm com invasão dos tecidos e vasos adjacentes.

CONCLUSÕES

Abordagem Laparoscópica Retroperitoneal tem se demonstrado uma técnica cirúrgica de maior benefício para o tratamento do feocromocitoma. Embora haja contraindicações e maior habilidade por parte do cirurgião, seus benefícios são suficientes para ser a primeira abordagem pensada e planejada para a cirurgia.