TÍTULO

TRATAMENTO DE MAL-FORMAÇAO CONGENITA POR ESCLEROTERAPIA COM ESPUMA DE POLIDOCANOL GUIADA POR ULTRASSOM

INTRODUÇÃO

Atualmente, as lesões vasculares congênitas classificam-se em tumores e
mal-formações, considerando-se como tumores quando há proliferação celular e como
malformações quando ocorre erro na morfogênese. As malformações vasculares estão
presentes ao nascimento em 90% dos casos, com incidência semelhante em ambos os
sexos. Em geral, não involuem espontaneamente e desenvolvem-se
proporcionalmente ao crescimento da criança. São classificadas de acordo com a
natureza dos vasos envolvidos em: capilares, arteriais, venosas e linfáticas.

RELATO DE CASO

Menina, 10 anos, apresenta tumoração em região dorsal do pé esquerdo percebida pelos pais a partir do terceiro mês de vida. Nos últimos três anos, observou-se aumento importante da massa, com a criança referindo dor no momento do atendimento. No exame físico, visualizamos veias dilatadas na região e lesão de consistência amolecida, sem frêmito e com pulsos preservados. Eco-Doppler mostrou dilatação venosa com fluxo de baixa velocidade e baixa resistência, compatível com mal-formação vascular do tipo venosa. Optamos por realizar o tratamento com escleroterapia através da espuma de polidocanol ecoguiada em três sessões com intervalo de 10 dias entre elas. A paciente apresentou boa tolerância ao procedimento (não houve necessidade de anestesia), e regressão completa da lesão do ponto de vista clínico e ultrassonográfico. Encontra-se em acompanhamento ambulatorial semestral.

DISCUSSÃO

Dentre as opções de tratamento para as mal-formações vasculares do tipo venosa, a escleroterapia com espuma de polidocanol ecoguiada tem se tornado uma opção importante, tendo em vista a eficácia, a boa tolerância do paciente e o baixo custo.