TÍTULO

CAUSAS EXTERNAS QUEDAS EM IDOSOS, SERIE HISTÓRICA DOS ÚLTIMOS 10 ANOS EM RONDÔNIA E NO BRASIL

OBJETIVO

As causas externas são uma modalidade do trauma que afeta diferentes indivíduos, das crianças aos idosos. Podem ser acidentes de trânsito, lesões autoprovocadas voluntariamente, iatrogenia, demais acidentes - inclusive quedas. De acordo com a 9ª edição do Advanced Trauma Life Support (ATLS), estima-se que 22% da população estadunidense tenha alcançado a melhor idade em 2050 - reiterando ainda a importância de realizar-se um perfil epidemiológico elucidativo, utilizando dados relativos a internações, morbidade e mortalidade decorrentes de traumas por causas externas sofridos por idosos. Um exemplo destas causas são as quedas, dada a instabilidade conferida ao idoso devido ao processo de senescência inerente a todo ser humano. Desse modo, esta visa analisar o perfil epidemiológico das quedas geriátricas registradas no Sistema de Saúde Pública (SUS) do Brasil e comparar faixa etária, região e mortalidade.

MÉTODO

Busca de dados relacionados à quedas em idosos, consideradas parte das causas externas do trauma, por meio do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do período de janeiro de 2008 a dezembro de 2018. Foram comparados os dados gerais entre Brasil, Região Norte e o estado de Rondônia, assim como dados referentes à faixa etária que apresenta maior incidência de quedas, ao sexo mais incidente, à taxa de mortalidade e quantidade de óbitos, todos em função da região escolhida. Quatro análises foram realizadas: registro das internações referentes à faixa etária selecionada, do índice de mortalidade, da média de permanência por faixa etária e da incidência de internações por sexo. Os dados foram processados pelo programa Excel e expostos em gráficos.

RESULTADOS

As quedas em idosos de 60 anos acima integraram 36,05% da totalidade de causas externas, computando 670.465 internações. 4,14% das internações por quedas evoluíram para óbito na região norte, totalizando 683 óbitos. Rondônia contribuiu com 71 óbitos, aproximadamente 10,4% dos casos na região norte. Observou-se aumento da média de permanência com o avançar da idade que, no Brasil, se eleva de 5,5 em pacientes de 60 a 69 anos para 7,3 em 80 anos acima. Em relação às internações por sexo, o feminino demonstra maior pontuação em todas as categorias.

CONCLUSÕES

A partir da análise de dados, entende-se que internações por quedas são mais recorrentes em idosos conforme o avançar da idade. A taxa de mortalidade representa a quantidade de internações seguidas por óbito que, a nível nacional, é de 4,23%. A região Norte mantém seu índice abaixo do padrão brasileiro. Ao avançar da idade, a média de permanência dos pacientes aumenta, uma vez que idosos acima de 80 anos possuem maior instabilidade. Além disso, pacientes do sexo feminino têm maior tendência à internação por quedas em faixas etárias mais elevadas.