Dados do Trabalho
TÍTULO
PERSISTENCIA DE HIPERPARATIREOIDISMO TERCIARIO NO TORAX: QUINTA GLANDULA RETIRADA POR TORACOSCOPIA ASSISTIDA
INTRODUÇÃO
A paratireoidectomia (PTX) é indicada para o tratamento dos casos de hiperparatireoidismo refratários às medidas clínicas e quando realizada em tempo hábil costuma diminuir a morbidade. A persistência ou recorrência da doença após ressecção das quatro glândulas deve levantar a suspeita para a presença de glândulas ectópicas e/ou supranumerárias. Estima-se que cerca de 20% dos casos de hiperparatireoidismo são de glândulas ectópicas, sendo 2% encontradas no mediastino. No presente estudo demonstramos um vídeo com a abordagem cirúrgica no hiperparatireoidismo por glândula supranumerária em mediastino pela toracoscopia vídeo-assistida (VATS) e seus benefícios em relação as técnicas convencionas (toracotomia e abordagem cervical).
DESCRIÇÃO DO VÍDEO
Diante de persistência de sintomas de hiperparatireoidismo após paratireoidectomia com exérese das quatro glândulas, e na ausência de implantes heterotópicos, levanta-se a possibilidade de PT supranumerária que pode ser ectópica ou não. A incidência entre 6 e 43% no total, sendo 2% localizadas no mediastino. Estima-se que no hiperparatireoidismo secundário cerca de 15% das paratireoides são supranumerárias, sendo mais de 45% ectópicas.
O diagnóstico é feito pelo quadro clínico, exames laboratoriais e de imagem. Dentre os exames de imagens, os mais utilizados são a tomografia de tórax, cintolografia com sestamibi e ressonância magnética. A acurácia dos exames variam de acordo com o tamanho e localização da glândula. Os exames complementares são essenciais para a decisão da via cirúrgica e facilitam muito a escolha por VATS quando a localização é bem definida e de fácil acesso por esta técnica. Devido ao fato do mediastino ser um local com estruturas nobres, as técnicas vem se aperfeiçoando e cada vez mais utilizamos a VATS como principal via. Considerando que os pacientes em sua maioria possuem muitas comorbidades associadas, a VATS traz beneficio pela pouca invasibilidade, menor tempo cirúrgico, menor chance de sangramento e menor dor pós operatória.
CONCLUSÃO
A toracoscopia vídeo-assistida (VATS) é uma técnica satisfatória em casos de tecido paratireoideano ectópico, principalmente quando sua localização é auxiliada por exames de imagem. Além disso, VATS pode ser utilizada em paciente com múltiplas comorbidades e que necessitem de procedimentos de menor trauma cirúrgico.
Área
CIRURGIA TORÁCICA
Instituições
Hospital Universitário Pedro Ernesto - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
TAMIRYS CERUTTI MARTINS, BRUNA BRANDÃO DE REZENDE GONDIM, LARYSSA NAYANA SILVA SOUZA DE OLIVEIRA, MARIA CRISTINA ARAÚJO MAYA, EDUARDO SAITO, LIA ROQUE ASSUMPÇÃO