Dados do Trabalho
TÍTULO
REIMPLANTE URETERAL COM TECNICA LICH-GREGOIR EM PACIENTE COM ESTENOSE DE JUNÇAO URETEROVESICAL - RELATO DE CASO DA AMAZÔNIA OCIDENTAL
INTRODUÇÃO
A estenose da junção ureterovesical (JUV) apresenta-se como uma constrição no ureter junto a entrada na bexiga, causando obstrução total ou parcial ao fluxo da urina para a bexiga. Ela faz parte de 8% nos casos de obstruções urinárias, sendo esta malformação relatada em 23% dos casos como a segunda maior causa da hidronefrose. O diagnóstico é feito através de uretrocistografia e a tomografia computadorizada com contraste venoso. A correção cirúrgica tem o intuito de aliviar a obstrução e preservar as funções dos rins. O reimplante ureteral feito pela técnica de Lich-Gregoir foi escolhido devido sua baixa incidência em complicações.
RELATO DE CASO
Através de ultrassonografia materna foi constatada dilatação da pelve renal e ureter direito fetal. Minuciosa avaliação dos exames no neonato confirmaram dilatação da pelve renal direita acrescida de dilatação ureteral e ausência de refluxo vesicoureteral. Na cirurgia, confirmou-se ureterohidronefrose e concluiu-se pelo diagnóstico de estenose de JUV. Desse modo, optou-se pela cirurgia reparadora através da técnica de Lich-Gregoir, baseada em três princípios: visar uma técnica antirrefluxo, ressecar o ureter estenosado, criar um túnel intravesical e anastomose ureterovesical sem tensão, promovendo uma simples execução e menor manipulação. Introduzido cateter de duplo J. No quarto dia teve alta hospitalar utilizando sonda vesical até desaparecimento da hematúria macroscópica. Retirada ao duplo J após cinco semanas.
DISCUSSÃO
O reimplante ureteral tem como uma das técnicas principais a descrita por Lich-Gregoir, e dentre os casos há sucesso em 75 a 95% das vezes. Assim como neste relato de caso, a paciente teve sucesso no pós-operatório. A técnica proporciona mínima manipulação da bexiga para obter um túnel submucoso com o intuito de evitar o refluxo vesicoureteral, prevenindo contra complicações do tipo fístula ureteroverical associada. Paciente não apresentou qualquer complicação trans e pós-operatória.
Área
CIRURGIA PEDIÁTRICA
Instituições
Liga Acadêmica de Clínica Cirúrgica de Rondônia - LACCRO - Rondônia - Brasil
Autores
Kislla Gondim Barreto, Marcelo Regis Lima Corrêa, Ana Julia de Medeiros Fernandes, Natália Maria Dias de Sá, Gabriela Branco da Rocha Silveira, Marília Silva Ferreira dos Santos, Mariana Furtado Rodrigues, Horácio Tamada