TÍTULO

ESTUDO DE CASOS DE ENXERTOS E RETALHOS EM PACIENTES COM CÂNCER DE PELE EM CABEÇA E PESCOÇO SUBMETIDOS A CIRURGIA NO ANO DE 2017 NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFFRÉE GUINLE

OBJETIVO

O câncer de pele é a neoplasia mais comum no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) são registrados cerca de 180 mil novos casos por ano, sendo considerado um grande problema de saúde pública.O crescente aumento da incidência e da capacidade de gerar lesões desfigurantes provoca interesse por parte da comunidade médica. Busca-se por melhores formas de tratamento que resultem em redução da morbidade.
Objetivo - Analisar os procedimentos cirúrgicos realizados nos casos de câncer de pele não melanoma pelo serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle entre os meses de Janeiro a Dezembro do ano de 2017.

MÉTODO

Foi realizado um estudo observacional descritivo e retrospectivo de série de casos desenvolvido no ambulatório de cirurgia plástica do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Foram analisados prontuários de 22 pacientes diagnosticados com câncer de pele em face, cabeça e pescoço, do tipo não melanoma e submetidos a cirurgias de enxertos e retalhos realizadas pelo Serviço de cirurgia plástica do HUGG no período de janeiro a dezembro de 2017. Além dos dados de registro em prontuário, foram analisadas imagens dos pacientes nos diferentes períodos de tratamento cirúrgico: pré-operatório, intra-operatório e pós-operatório.Conforme a resolução do CNS número 466 de 12 de dezembro de 2012 foi cumprida a exigência de assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido pelos pacientes.

RESULTADOS

Dos 22 pacientes analisados nessa pesquisa, 10 são do sexo feminino e 12 do sexo masculino. Desses, 19 (86,3%) tiveram diagnóstico de Carcinoma Basocelular e 3 (13,6%) de carcinoma epidermóide após análise do serviço de Anatomia Patologia do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Três pacientes apresentaram mais de uma lesão, que foram consideradas nesse estudo. Sendo assim, no total de cirurgias realizadas, foram executados 6 enxertos, 17 retalhos e 2 fechamentos primários. Houve e casos de complicação: perda total do enxerto com tecido de granulação, deiscência da ferida operatória e Ectrópia ocular à esquerda. Nesse caso, aproximadamente 86,4% nos procedimentos não resultaram em complicações. Em 1(4,5%) dos causos houve recidiva do tumor. Além disso, 2 pacientes (9%) tiveram suas margens comprometidas, sendo um deles encaminhado à radioterapia (30 sessões) e o outro sugerido Cirurgia micrográfica de Mohs pelo serviço de Dermatologia. Foram observadas lesões nas seguintes regiões: malar, lábio superior, região fronto nasal, pálpebra inferior, ponta nasal, orelha, região malar, dorso nasal, asa nasal, região naso faringeana, região pré auricular e pálpebra inferior, sendo o nariz e principalmente a ponta nasal os locais de maior acometimento do câncer.

CONCLUSÕES

A escolha pela cirurgia de excisão da lesão, respeitando-se uma margem de segurança adequada a cada caso, concluída com cirurgia de enxerto ou retalho para reparação e apresentando como resultado 86% de sucesso, mostra elevada eficácia para o tratamento escolhido no HUGG.