Dados do Trabalho
TÍTULO
TRATAMENTO CIRURGICO DE CARCINOMA BASOCELULAR DO TIPO ESCLERODERMIFORME E RECIDIVA LINFONODAL: RELATO DE CASO.
INTRODUÇÃO
O carcinoma esclerofermiforme é um dos subtipos histológicos do carcinoma basocelular (CBC) de maior caráter infiltrativo e recidivante sendo responsável por cerca de 20% do carcinomas primários e 88% dos tumores recidivantes. O tumor recidivado devido ao seu caráter infiltrativo apresenta pior prognóstico. Geralmente apresenta-se em área de cicatriz, ao seu lado ou em profundidade principalmente em região do “H” da face. Pode apresentar-se sob outros tipos histológicos a exemplo do basoescamoso, considerado outro subtipo metatípico raro com características comuns ao carcinoma basocelular e espinocelular. Este, devido a estas características mistas, caráter infiltrativo altamente recidivante, sua raridade e pouco estudo configura-se como um desafio terapêutico.
RELATO DE CASO
TMSS, sexo masculino, 17 anos, diagnosticado com carcinoma basocelular do subtipo esclerodermiforme por biópsia excisional fora do serviço. Submetido a parotidectomia direita estendida ao pavilhão auricular e pele com margens livres de neoplasia, com esvaziamento cervical supraomohioideo ipsilateral. Houve necessidade de remocao de conduto auditivo externo e sacrifício dos ramos superiores do nervo facial por invasão tumoral direta. Reconstruido imediatamente com retalho de avanço cervico-facial. Realizou radioterapia adjuvante com 71 GY. Aos 21 anos evoluiu com linfonodomegalia cervical nível II direito, onde a biopsia apresentou-se como carcinoma basoescamoso. Submetido a linfadenectomia cervical radical tipo II (invasão do músculo esternocleidoocciptomastóideo) direita em junho de 2017. No momento em planejamento de adjuvancia com quimioterapia e em avaliação para a viabilidade de novo tratamento radioterápico.
DISCUSSÃO
Devido ao caráter infiltrativo, alta recidiva e aparência inoculada ao exame físico, o tratamento do CBC agressivo é a ressecção cirúrgica com margens amplas e exame de congelação intraoperatório, pois é a única que analisa de forma confiável a histologia de praticamente 100% das margens cirúrgicas do tumor e rastreia suas extensões subclínicas. Sendo assim, esta forma, uma das mais seguras quanto a cura do paciente, tanto na prevenção de recidivas quanto na cura dessas. Quando primário, o tratamento cirúrgico pode ser a única modalidade terapêutica. Já as lesões recidivada e metastática, por apresentar pior prognóstico, normalmente necessitam de adjuvância.
Área
CIRURGIA CABEÇA E PESCOÇO
Instituições
CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - Alagoas - Brasil
Autores
CARLA MARIANA XAVIER Ferreira, Ana Miele Pereira Melo, Brenda Aguiar Melo, Fernando Guilherme Guimarães Fluhr, Marcella de Albuquerque Wanderley, Isabelle Oliveira Santos, Ana Carolina Pastl Pontes, Anna Karoline Rocha de Sousa