TÍTULO

TRATAMENTO CIRURGICO EM PACIENTES POLITRAUMATIZADOS: UMA RETROSPECTIVA DA ULTIMA DECADA NA VISAO DO SISTEMA UNICO DE SAUDE

OBJETIVO

Utilizar a plataforma DATASUS para obter dados relativos à cirurgias em pacientes politraumatizados, identificando o número de procedimentos, taxa de mortalidade e tempo médio de internamento, durante o período de 2009 até 2018 , com objetivo de comparar os dados de cada ano, analisando mudanças significativas que indiquem melhorias na abordagem desses pacientes.

MÉTODO

Estudo de caráter quantitativo e comparativo com delineamento transversal de base populacional. Os dados foram coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) em conjunto com Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Em primeiro momento cruzou-se os dados ano de atendimento do procedimento, número de internações, tempo médio de internação (TMI) e taxa de mortalidade (TM), no período de Janeiro de 2009 a dezembro de 2018 referentes ao Brasil. Em seguida, analisou-se os dados no Excel 2013, calculando as alterações no decorrer dos anos.

RESULTADOS

No período selecionado, foram realizados 533.573 internações com o objetivo de tratamento cirúrgico de pacientes politraumatizados, possuindo média de permanência de 7 dias e taxa de mortalidade média de 5.36. Após análise, é possível verificar uma aumento de mais de 100% no número de procedimentos realizados entre os anos de 2009 à 2018. Já em relação a taxa de mortalidade, houve uma queda importante de cerca de 40%, evidenciando avanços significativos na abordagem a esses pacientes. Acerca do tempo médio de internação, em 2009 iniciou com 7.8 e terminou com 6.3 dias, em 2018 sendo este o tempo menor do período estudado, o tempo máximo foi de 9.8 em 2015.

CONCLUSÕES

Com base nos resultados encontrados, é possível observar um aumento considerável no número de procedimentos cirúrgicos em pacientes traumatizados, no entanto, na contramão desse aumento, a taxa de mortalidade obteve uma queda importante que, associado à diminuição do tempo de internação médio, revelam uma evolução na abordagem terapêutica desses pacientes, com uma maior organização e padronização do atendimento pré-hospitalar e hospitalar.