Dados do Trabalho


TÍTULO

CIRURGIAO COMO FATOR PROGNOSTICO EM CIRURGIA ONCOLOGICA - RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

O câncer colorretal é a terceira neoplasia mais incidente no mundo, mais frequente a partir da 6ª década de vida e a principal abordagem é o tratamento cirúrgico. Em oncologia, o cirurgião deve estar atento aos protocolos adequado e diretrizes a serem seguidas para um melhor prognóstico do caso abordado. O presente trabalho relata o caso de uma paciente submetida a colotomia com ressecção de adenocarcinoma colônico e sua evolução após a intervenção.

RELATO DE CASO

A.S.S., 53 anos, feminino, teve quadro de hematoquezia, foi submetida a colonoscopia para elucidação do quadro, tendo se visualizado pólipo em sigmoide, não passível de ressecção endoscópica. Paciente foi então submetida a videolaparoscopia por um cirurgião não oncológico, com a realização de colotomia com ressecção do pólipo e rafia primária. Anatomopatológico evidenciou adenocarcinoma grau II com margens comprometidas. Frente ao resultado, foi encaminhada ao cirurgião oncológico que solicitou exames de estadiamento os quais apresentaram ausência de lesões a distância e antígeno carcino embrionário (CEA) de 1,9 ng/mL. Optado pela retossigmoidectomia em oncologia laparotômica (R0), que permitiu a visualização de implantes puntiformes em peritônio cujo anatomopatológico confirmou metástases de adenocarcinoma e adenocarcinoma residual (T4aN0M1b). Foi então instituído tratamento sistêmico adjuvante paliativo e após 10 meses, iniciou com quadro álgico de forte intensidade em quadrante inferior direito do abdome. Foram solicitados exames de reestadiamento que apontaram CEA de 21,34 ng/mL e PET CT indicou hipermetabolismo em nodulações da musculatura abdominal, o local este da inserção de trocáter da videolaparoscopia anterior. Frente ao achado, ressecou-se o tumor da parede abdominal com margens livres, e anatomopatológico evidenciando metástases de adenocarcinoma colônico. Paciente segue em tratamento sistêmico paliativo, sem evidencia de recidiva até o presente momento.

DISCUSSÃO

Quando o tratamento de uma patologia envolve a intervenção cirúrgica, o cirurgião torna-se um fator prognóstico por atuar na evolução da doença, sobrevida do doente, possibilidade de recidiva e qualidade de vida do paciente no pós-operatório. O prognóstico de doenças neoplásicas está relacionado à dimensão do tumor ou comprometimento do órgão, ao acometimento dos linfonodos, presença de metástases à distância, invasão vascular e neural, como também à diferenciação celular. Portanto, é essencial que o profissional seja amplamente qualificado. Assim, quando se trata da abordagem de neoplasias, o cirurgião deve levar em consideração os princípios da cirurgia oncológica que incluem conhecimento da técnica adequada, proteção de ferida operatória com campos secundários, inventário da cavidade abordada, manuseio cuidadoso da área afetada, cuidado para que não haja lise tumoral, manuseio com margens de segurança entre outros. Com isso, a realização da colotomia com ressecção do pólipo no caso apresentado foi categórica no prognóstico da paciente.

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

Univesidade de Uberaba - Minas Gerais - Brasil

Autores

Gabriela Nascimento Cruz, Bárbara Andrade Borges, Gabriela Ferreira Cunha, Ana Paula Sousa Machado, Lívila Mara da Silva, Iasmim Rodrigues Paula Silva, Luiz Carlos Furtado Almeida Junior, Guilherme Freire Angotti Carrara