Dados do Trabalho


TÍTULO

ESPLENECTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA POR PURPURA TROMBOCITOPENICA TROMBOTICA

INTRODUÇÃO

A púrpura trombocitopênica trombótica constitui uma doença rara (5-10 casos/1.000.000 de pessoas/ano), que afeta ambos os sexos, sendo sua incidência duas a três vezes maior em mulheres entre 30 e 40 anos de idade. A PTT pode ser hereditária ou adquirida, instala-se de modo abrupto e é caracterizada pela oclusão difusa de arteríolas e capilares da microcirculação, levando à isquemia de tecidos. A oclusão é causada por microtrombos compostos basicamente de plaquetas, formados após agregação plaquetária intravascular. O diagnóstico da PTT, em geral, é feito por exclusão de outras possíveis causas da trombocitopenia. Uma vez diagnosticada a PTT de qualquer etiologia, o tratamento mais eficaz consiste na troca do plasma, que consiste na plasmaférese e infusão de plasma fresco congelado ou de sobrenadante do criopreciptado. A esplenectomia tem sido reservada para pacientes refratários aos tratamentos usuais e parece melhorar a resposta à plasmaférese subsequente, bem como reduzir a taxa de recaída.

DESCRIÇÃO DO VÍDEO

Paciente em decúbito lateral direito sob anestesia geral. Confecção de três incisões (a nível do mamilo esquerdo e 10cm do rebordo costal para câmera, segundo lateral a esse na linha axilar média e terceiro em região epigástrica lateral esquerda). Inicialmente, dissecção da fáscia anterior ao hilo esplênico, liberando fundo gástrico com cautério bipolar e realizada identificação e retirada de primeiro baço acessório. Identificação de artéria e veia esplênica, com isolamento e ligadura das mesmas com algodão 2-0 proximal e clipes de titânio proximal e distal, com posterior secção dos vasos. Liberação do ligamento posterior do baço e de ligamento espleno-cólico, seguida de identificação e retirada de segundo baço acessório. Liberação e colocação de clipe de titânio em cauda pancreática. Passagem de punho de luva com introdução da peça no mesmo, com posterior retirada por incisão de Pfannestiel. Lavagem e aspiração de cavidade com revisão de hemostasia. Síntese por planos.

CONCLUSÃO

O papel da esplenectomia no tratamento da PTT evoluiu com os anos. Seu benefício na prevenção da recidiva é evidenciada em diversos estudos. Esplenectomia continua uma boa opção para tratamento de pacientes refratários ou com recidiva, tendo baixa morbimortalidade e alta taxa de resposta, sendo a abordagem videolaparoscópica preferência por sua menor taxa de complicação.

Área

MISCELÂNEA

Instituições

Hospital Universitário Presidente Dutra - HUUFMA - Maranhão - Brasil

Autores

Roclides Castro de Lima, Artur Serra Neto, Marcos Roberto Dias Machado Júnior, Gabrielle Meirelles Rodrigues, Gabriel Martins Nunes, Elizeu Bruno Santos Silva, Erico Bezerra de Sena, Juliana Araújo Arrais