Dados do Trabalho


TÍTULO

POROCARCINOMA ECRINO: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

Porocarcinoma Écrino (EPC) é um tipo raro de câncer de pele, decorrente da porção intraepidermal de glândulas sudoríparas écrinas ou acrossiríngeo, sendo um tumor primário ou, ainda mais comum, uma transformação maligna de um poroma écrino (EP), representando 0,005 – 0,01% de todos os tumores cutâneos. O primeiro caso relatado data de 1963. Ocorre principalmente em idosos, com igual incidência em ambos os sexos. Aproximadamente menos de 300 casos de EPC foram relatados na literatura médica, desde que foi descrita pela primeira vez.
A ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha. Há 17% de incidência de recorrência local e uma incidência de 11% de metástases à distância. A taxa de mortalidade é de 67% para os pacientes com metástases linfonodais. Embora rara, a ocorrência de metástase a distância já foi relatada.

RELATO DE CASO

Paciente do sexo feminino, 71 anos, apresentando lesão tumoral em pálpebra inferior esquerda, com bordas elevadas, centro ulcerado e crostas, com evolução de, aproximadamente, 3 anos. Paciente sem comorbidades, com histórico de exposição solar prolongada sem fotoproteção.
Realizado a exérese da lesão seguindo margens de segurança de 0.5cm, seguido de amplo descolamento subcutâneo e retalho de rotação para fechamento. Não houve intercorrências cirúrgicas ou anestésicas.
O resultado anátomopatológico foi de EPC, com margens cirúrgicas livres. Paciente teve boa evolução pós-operatória e está em acompanhamento ambulatorial, sem sinais de recidivas ou de complicações em suas reconstruções.

DISCUSSÃO

Apesar do EPC ser um tipo raro de câncer de pele, é de suma importância o conhecimento de suas características, permitindo com isso a detecção precoce, controle de recorrências e do risco de metástases. Ele deve ser lembrado no diagnóstico diferencial de lesões cutâneas suspeitas, especialmente em pacientes idosos, com tumores de curso prolongado nas extremidades e cabeça e, devido ao pequeno número de casos relatados, torna-se difícil estabelecer protocolos exatos de tratamento, o qual atualmente consiste em excisão local com amplas margens de segurança e acompanhamento para detecção precoce de recidivas ou metástases.

Área

CIRURGIA PLÁSTICA (Inclusive neoplasias malignas de pele)

Instituições

Instituto Hospital de Base do Distrito Federal - Distrito Federal - Brasil

Autores

Davi Farias Pereira, Huri Brito Pogue, Victor Barroso Camilo Cunha Ataíde, Izabella Rezende Oliveira, Pedro Carvalho Brandão