Dados do Trabalho


TÍTULO

INFECCÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO

OBJETIVO

Avaliar a incidência de infecção de sítio cirúrgico dos pacientes submetidos a procedimento cirúrgico em caráter de urgência e eletivo no Hospital Estadual Vila Alpina- SECONCI-OSS, no período dos meses de janeiro a dezembro de 2018.

MÉTODO

Realizado estudo individuado observacional transversal e retrospectivo em conjunto com o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar com coleta de dados de prontuário e no retorno ambulatorial dos pacientes submetidos a procedimento cirúrgico. Nesta coleta foi avaliada a quantidade absoluta de pacientes que apresentaram infecção na ferida cirúrgica, seguindo a definição como sendo a infecção que ocorre em tempo de 30 dias após a cirurgia ou até um ano, quando utilizadas próteses cirúrgicas.

RESULTADOS

Dentre os 1833 pacientes operados no período analisado, 22 (1,2%) evoluíram com infecção do sitio cirúrgico. Quanto à sazonalidade, houve prevalência no mês de janeiro, correspondendo a 3% dos pacientes. O maior percentual de infecção da ferida cirúrgica correspondeu aos pacientes submetidos a cirurgia em caráter de urgência, em 68,1%, predominando as laparotomias exploradoras por abdome agudo inflamatório, em 73,3%, enquanto no grupo das cirurgias eletivas houve predomínio dos pacientes submetidos a correção de hérnia da parede abdominal e inguinal, em 71,4%.

CONCLUSÕES

No Brasil a infecção do sitio cirúrgico ocupa a terceira posição dentre as infecções encontradas nos serviços de saúde e compreende de 14 a 16% das infecções dos pacientes hospitalizados. A taxa média de infecção da ferida operatória estimada no Brasil gira em torno de 7,7%. Comparativamente, o resultado encontrado em nosso estudo apresenta uma incidência menor do que a literatura brasileira, apesar de apresentar residentes no serviço o que poderia sugerir um aumento na taxa de incidência devido a inexperiência dos mesmos em técnicas de assepsia e antissepsia, entretanto o início dos novos residentes é no mês de março. Deve-se levar em consideração que taxa de infecção da ferida cirúrgica pode ser subestimada, uma vez que uma parcela dos pacientes não retonam no acompanhamento ambulatorial.

Área

MISCELÂNEA

Instituições

HOSPITAL ESTADUAL VILA ALPINA - SECONCI-OSS - São Paulo - Brasil

Autores

GUSTAVO LIMA NEVES, VITÓRIA SOUZA OLIVEIRA, BEATRIZ TEBALDI CARVALHO, CAMILA COSTA SILVA, CAMILA MIE KAWATA YOSHIDA, MATHEUS SOARES BUISSA, LORAYNE ARAÚJO COSTA PEREIRA, MÁRIO LUIZ QUINTAS