Dados do Trabalho


TÍTULO

FISTULA DE ANASTOMOSE ESOFAGO-JEJUNAL E PLEURA DIREITA – RELATO DE CASO DE TRATAMENTO CONSERVADOR

INTRODUÇÃO

a gastrectomia total é um procedimento seguro no tratamento de neoplasias gástricas, mas a ocorrência de fístula na anastomose esôfago-jejunal é dramática com taxa de mortalidade de 90%. O diagnóstico precoce e o tratamento efetivo contribuem para o desfecho favorável.

RELATO DE CASO

Relato de Caso: paciente do sexo feminino, 44 anos, com história de plenitude pós prandial associada à pirose há 3 anos.Vômitos com restos alimentares e perda ponderal de 10 quilos nos últimos 6 meses. Negava comorbidades, tabagismo ou etilismo. Ao exame físico, paciente não apresentava alterações. Endoscopia Digestiva Alta identificou lesão gástrica de 5cm, cujo exame anatomopatológico confirmou adenocarcinoma gástrico com células em anel de sinete. Estudo tomográfico não evidenciou doença metastática. Foi submetida a gastrectomia total com lifandenectomia D2. Evoluiu no 7º pós operatório (PO) com dispnéia e febre, sendo identificado derrame pleural à direita em raio-x tórax. Realizada toracocentese que confirmou empiema pleural. Após drenagem de tórax, paciente manteve débito elevado no dreno, levantando-se a suspeita de fístula esôfago-pleural. Realizado teste com azul de metileno, com saída imediata do corante pelo dreno torácico, confirmando fístula no 21º PO. A endoscopia digestiva alta realizada no 26º PO identificou orifício fistuloso (<5 mm) em parede lateral direita da anastomose esôfago-jejunal. Durante este período paciente apresentava febre diária de 39ºC de difícil controle. Foi optado por tratamento conservador com antibióticos de amplo espectro, associados à dieta enteral por sonda. No 47º PO foi realizado nova endoscopia que evidenciou fechamento de fístula e iniciado dieta via oral com boa aceitação. Paciente recebeu alta hospitalar no 49º PO de gastrectomia, com pleurostomia com debito seroso em pequena quantidade. Este dispositivo foi retirado após 3 semanas. Paciente evoluiu com estenose do Y-Roux com quadro de vômitos e desnutrição. Foi submetida à laparotomia exploradora (95º PO) para lise de bridas, colecistectomia (colelitíase) e anastomose do Y com segmento jejunal distal. Recebeu alta hospitalar no 7ºPO.

DISCUSSÃO

Discussão: as fístulas pós gastrectomia total têm alta morbimortalidade e exigem medidas terapêuticas imediatas: drenagem, nutrição parenteral total e suporte clínico.

Área

ESTÔMAGO E DUODENO

Instituições

HOSPITAL REGIONAL DE COTIA - São Paulo - Brasil

Autores

MARCIO JOSE CARDOSO AMARAL, MAURO HENRIQUE SA ADAMI MILMAN, ALAN MOUNZER ., JOAO VICTOR PEGAS HUAYLLAS, ANGELA GENOEFA RUDELL, JOSE ROBERTO MELCHIORI BUCCO, SAMANTHA CAVALCANTE DE BRITO