TÍTULO

ABORDAGEM CIRURGICA DO CANCER DE PANCREAS: REVISAO DE LITERATURA

OBJETIVO

Realizar um breviário, a partir da literatura bibliográfica, acerca do tratamento cirúrgico aplicado na neoplasia de pâncreas.

MÉTODO

Trata-se de uma revisão de literatura, na qual foram recrutados artigos encontrados nas bases de dados Scielo e Pubmed, publicados na íntegra, entre os anos 2004 e 2017.

RESULTADOS

A ressecção cirúrgica continua sendo a base do tratamento do câncer pancreático, apresentando um potencial curativo ou paliativo significativo. Nos últimos anos, a proposta de ressecção cirúrgico dos tumores de pâncreas foi amplamente discutida, tendo sido visto, nos estudos realizados, melhora da sobrevida de pacientes submetidos a esse tratamento, principalmente em tumores pequenos, sem metástase linfonodal ou à distância. O tratamento adjuvante ainda mostra beneficio discreto sobre essa neoplasia, estando reservado aos casos irressecáveis. O tipo de cirurgia a ser realizada vai depender de variáveis como o estadiamento do tumor e sua localização, estudos recomendam que a ressecção cirúrgica seja feita até o estadio II – B, em que os resultados ainda se mostram vantajosos mesmo que seja cerca de 11% a chance de cura nesses procedimentos. A duodenopancreatectomia é a escolha na maioria dos tumores de pâncreas, seguida pela derivação biliodigestiva usada para o tratamento paliativo, além dessas pode-se optar também pela pancreatectomia corpo – caudal. O tipo de tumor mais comum é o adenocarcinoma ductal que pode está localizado na cabeça na grande maior (47%-65%), corpo e cauda. As complicações relacionados aos procedimentos incluem abcessos abdominais, fístulas digestivas e retardo do esvaziamento gástrico nesses casos pode haver a necessidade de reintervenção cirúrgica, além dessas existe ainda complicações não cirúrgicas que ocorrem durante o período de internação hospitalar, dentre essas a de maior prevalência varia entre os estudos porém as mais frequentes são intercorrências cardiopulmonares e de ferida operatória.

CONCLUSÕES

O câncer de pâncreas é, há muitos anos, um processo tumoral de mau prognóstico, com uma metodologia diagnóstica que vem melhorando notavelmente, permitindo a seleção de pacientes que possam se beneficiar do tratamento cirúrgico, entretanto a mortalidade ainda continua alta devido a fatores do próprio tumor e as complicações que aparecem durante o período do tratamento o que acaba por tornar a sobrevida do paciente baixa mesmo com tratamento adequado.