Dados do Trabalho


TÍTULO

FISTULA EM ANASTOMOSE COMO COMPLICAÇAO DE HEMICOLECTOMIA

INTRODUÇÃO

Há complicações que decorrem de intervenções cirúrgicas sobre o intestino grosso, envolvendo conotações sistêmicas ou regionais, podendo ter associações diretas ou indiretas com o procedimento em si. As fístulas anastomóticas, dependendo da sua topografia e de sua gravidade, constituem-se numa das principais causas de morbimortalidade nas operações de reconstrução do trânsito intestinal. Nas operações coloproctológicas, as deiscências de anastomoses podem resultar em comunicação com a pele, vagina e trato geniturinário masculino.
Dependendo da localização do orifício de saída, a fístula bem formada tem resolução espontânea. Assim, a abordagem inicial desse tipo de complicação deve ser sempre expectante, com controle da infecção através de antibioticoterapia, dieta alimentar suspensa ou com baixo teor de resíduos e medidas de suporte com proteção para a pele.

RELATO DE CASO

: L.M.S, 46 anos, deu entrada no pronto-socorro de um hospital de São Paulo em meados de janeiro de 2019 com queixa de diarreia há uma semana, sem muco ou sangue. Negava queixas de náuseas, vômitos, dor abdominal e febre. Paciente sem comorbidades ou alergia, referindo apenas uso crônico de laxativos.
A colonoscopia, realizada posteriormente evidenciou uma lesão vegetante, bocelada, de limites imprecisos, friável, ocluindo totalmente o colón a 85 cm da borda anal (transverso). A tomografia (TC) de tórax, abdome e pelve realizadas para estadiamento, mostrou discreta opacidade homogênea subsegmentar basal direita, podendo ser considerada atelectasia. O cólon direito possuía espessamento mural sólido, nodular, com até 34 mm de espessura, com discreto aumento da gordura peritoneal adjacente. O marcador tumoral CEA era de 1,7. A biopsia posterior evidenciou adenocarcinoma.
Foi realizada hemicolectomia à direita com anastomose primaria ileotransversa com omentectomia parcial direita, sem intercorrências, com tempo anestésico de 3 horas. Ressecção não completa do tumor devido invasão localmente avançada para músculo psoas e grandes vasos. Paciente evoluiu com fístula anstomotica no sexto pós-operatório , de baixo debito, e orientada devido dreno alocado sendo optado então por tratamento conservador e introduzida nutrição parenteral total (NPT), com melhora clínica e resolução da fístula espontâneamente, sendo suspenso NPT e introduzida dieta liquida, com boa aceitação, sendo progredida até a alta hospitalar, com seguimento ambulatorial.

DISCUSSÃO

A partir desse caso, podemos confirmar o que já se discute com certa frequência no meio cientifico, que seria como tratar uma fistula. De maneira conservadora, ou abordagem cirúrgica. No caso em questão pudemos ver que o tratamento conservador, devido a diversos fatores, sendo o principal o baixo debito e a orientaçãoo da fistula, foram suficientes para o tratamento completo. Sem necessidade de nova reabordagem.

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

Hospital Heliopolis - São Paulo - Brasil

Autores

RODRIGO Leonardo Passos Carvalho Bahia SAPUCAIA, Paula Toledo Almeida, BRUNA L FERREIRA, MARIA JULIA P LEME, ELAINE Tavora Miranda, MARIA CAROLINA FERNANDES, KARLA H P NATARIO, barbara mançor lacerda silva