Dados do Trabalho
TÍTULO
CIRURGIA MICROGRAFICA DE MOHS: REVISAO DE LITERATURA
OBJETIVO
Fazer uma recapitulação, a partir da literatura bibliográfica, acerca da cirurgia micrográfica de Mohs.
MÉTODO
Trata-se de uma revisão de literatura onde foram recrutados artigos encontrados nas bases de dados Scielo e Lilacs, publicados na íntegra, entre os anos 2010 e 2016.
RESULTADOS
Em diversas situações as técnicas tradicionais não são capazes de remover os tumores de pele com altos índices de cura. Isso ocorre devido ao crescimento tumoral imprevisível, além de suas margens clínicas, lesões recidivadas com crescimento de tumor em área cicatricial, dificuldade em delimitar a lesão e infiltração de pequenos cordões tumorais no tecido adjacente. Em outras situações as margens preconizadas pela técnica convencional removem mais tecido saudável do que o necessário, causando danos estéticos e funcionais importantes. Em ambos os casos, a Cirurgia de Mohs é a proposta terapêutica com melhor índice de resolução, seja por rastrear o tumor e conseguir removê-lo, seja por preservar o máximo de tecido saudável. A cirurgia micrográfica de Mohs (CMM) é uma técnica para a exérese de câncer de pele complexo, com exame histológico de 100% das margens cirúrgicas, obtendo uma maior taxa de cura e preservação máxima do tecido saudável circundante. Essa técnica combina excisão cirúrgica e dermatopatologia, exigindo que um único médico atue em funções cirurgião e patologista de forma integrada, o que garante menor custo e tempo requerido para desenvolver esse tratamento cirúrgico. Esse procedimento também apresenta menor potencial para complicações, com percentual de 0,02% de eventos graves no pós-operatório, ocorrendo, comumente, infecção de sitio cirúrgico (21%) e hematomas (14,7%).
CONCLUSÕES
A Cirurgia de Mohs seria uma opção terapêutica quando não se consegue delimitar precisamente as margens da lesão, conseguindo uma exérese completa do tumor e conseguindo manter o máximo de tecido saudável, pelo exame histológico nas margens cirúrgicas. Além disso, a cirurgia de Mohs possui uma menor taxa de complicações graves no pós-operatório e ainda tem um menor custo, pois um único médico atua como cirurgião e patologista de forma integrada nesse procedimento cirúrgico.
Área
CIRURGIA PLÁSTICA (Inclusive neoplasias malignas de pele)
Instituições
Centro Universitário de João Pessoa - Paraíba - Brasil
Autores
Marcelle Baracuhy Sodré de Mello, Alinne Mirlania Sabino de Araújo, Arthur Gonçalves de Lima França, Paloma Oliveira Matos, Thaynara Maria Honorato Muniz, Sabrina Bastos E Costa, George Harley Cartaxo Neves Filho, Karoline Rodrigues Costa Araújo