Dados do Trabalho
TÍTULO
RISCO E RESULTADO DA RESSECÇÃO INTESTINAL EM PACIENTES COM HÉRNIA INGUINAL ENCARCERADA: ESTUDO RETROSPECTIVO
OBJETIVO
O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar os fatores que aumentam o risco de necrose intestinal e documentar o resultado da ressecção intestinal em pacientes com hérnia estrangulada.Este estudo foi apresentado no 5º Congresso Europeu de Cirurgia do Trauma e Emergência, em Istambul, Turquia, em outubro de 2002. Dada a relevância do tema, a consistência do trabalho e a nossa linha de pesquisa de interesse, estamos propondo a discussão do caso no Congresso Brasileiro de Cirurgia 2019.
MÉTODO
Foram identificados 102 pacientes (60 homens, 42 mulheres) que foram submetidos a tratamento cirúrgico para uma hérnia encarcerada na Unidade de Emergência do Hospital de Educação e Pesquisa Kartal entre abril de 1997 e abril de 2001. Os pacientes do grupo 1 necessitaram de ressecção intestinal (n = 16) e pacientes. No grupo 2 não precisaram fazer ressecção (n = 86). A mediana da idade dos pacientes foi de 53 anos (variação de 3-96). Dados demográficos e cirúrgicos foram obtidos dos prontuários dos pacientes e comparados entre os dois grupos. As mulheres necessitaram de ressecções intestinais mais frequentemente que os homens (p<0,05). Pacientes com mais de 65 anos e aqueles com hérnias femorais ou epigástricas necessitaram de ressecção com mais frequência do que pacientes com menos de 65 anos e aqueles com hérnias inguinais, umbilicais ou incisionais (p <0,05 para todos).
RESULTADOS
Os pacientes do grupo 1 tiveram uma hospitalização mais longa e experimentaram mais complicações gerais e infecções da ferida do que o grupo 2 (p <0,05 para todos).
CONCLUSÕES
As hérnias encarceradas são mais comuns em homens, mas a ressecção intestinal é mais necessária em mulheres. O risco de ressecção intestinal é maior nos pacientes com hérnias femorais e naqueles com mais de 65 anos. Os pacientes que se submetem à ressecção intestinal têm uma taxa de complicações global mais alta relacionada às infecções da ferida, mas não um risco aumentado de outras complicações ou mortalidade
Área
PAREDE ABDOMINAL
Instituições
Universidade Federal de Ouro Preto - Minas Gerais - Brasil
Autores
Cirênio de Almeida Barbosa, Thais Oliveira Tupin, Ronald Soares dos Santos, Weber Chaves Moreira, Adéblio José da Cunha, Thales Alves de Souza, Tuian Santiago Cerqueira, Wilson Santana Silva Júnior