TÍTULO

EXPERIENCIA DO HOSPITAL DAS CLINICAS DA FMUSP NO TRATAMENTO DO LEIOMIOSSARCOMA DE VEIA CAVA INFERIOR

OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é avaliar os aspectos epidemiológicos, técnicos e oncológicos no diagnóstico, estadiamento, tratamento e seguimento dos pacientes que apresentam leiomiossarcoma de veia cava, patologia extremamente rara e complexa.
Mostraremos a experiência da nossa equipe, com dados de 11 pacientes submetidos à ressecção cirúrgica do sarcoma de veia cava inferior, além dos aspectos técnicos envolvidos, e dados da morbimortalidade, seguimento livre de doença e sobrevida global.

MÉTODO

Coorte retrospectiva de 11 casos de leiomiossarcoma de cava,entre 2003 a 2018, com análise epidemiológica, técnica cirúrgica e reconstrução vascular, tempo cirúrgico, necessidade de ressecção multivisceral e transfusão sanguínea, tempo de internação, morbidades / complicações, mortalidade, tempo livre de doença, e sobrevida .

RESULTADOS

11 pacientes submetidos à ressecção total do sarcoma de cava, com intenção radical curativa. 7 pacientes foram submetidos à ressecção multivisceral, sendo o rim o órgão mais ressecado. A reconstrução vascular foi necessária em 8 pacientes. 1 óbito relatado no pós-operatório, secundário a acidente vascular cerebral hemorrágico em vigência de anticoagulação. Demais pacientes em seguimento oncológico. A localização do tumor descrita usando a descrição de Kulaylat, e a mediana do tamanho do tumor foi de 10 cm. A taxa de sobrevida global em 3 e 5 anos foi de 100 e 25%, respectivamente. A taxa de sobrevida livre de doença em 3 e 5 anos foi de 57 e 20%, respectivamente.

CONCLUSÕES

Em conclusão, o leiomiossarcoma de veia cava inferior é uma neoplasia retroperitoneal rara e grave, com necessidade de ressecção multivisceral, permanecendo um desafio cirúrgico. O tratamento requer numerosos cirurgiões experientes e o impacto das margens livres microscópicas permanece incerto. A reconstrução vascular depende de vários aspectos relacionados, principalmente à topografia do tumor.