Dados do Trabalho
TÍTULO
APLICAÇAO DA ESCALA HOSPITALAR DE ANSIEDADE E DEPRESSAO(HADS) NO PRE-OPERATORIO DA COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA
OBJETIVO
Objetivo: Ansiedade e depressão são prevalentes não apenas na população geral, mas também em pacientes hospitalizados. Essas patologias são as doenças psiquiátricas mais relacionadas às doenças orgânicas, estando presentes em cerca de 20-30% dos pacientes hospitalizados. No entanto, muitos médicos não os reconhecem ou apreciam.
Nessa perspectiva, ansiedade e depressão são comuns nos pacientes operados devido a estressores, em geral no pré-operatório, variando a prevalência entre 11 a 80% e 9 a 16% . Isso ocorre porque os procedimentos cirúrgicos podem afetar significativamente os pacientes. 'saúde mental, por impactarem no seu bem-estar, sendo um estressor. Esses sintomas, se não controlados, podem interferir nos parâmetros fisiológicos dos pacientes, tendo efeitos em sua cirurgia e recuperação.
Devido à sua grande relevância, a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) surge como uma alternativa para auxiliar no diagnóstico desses pacientes. Este trabalho objetiva analisar a inclusão da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) como item pré-operatório da colecistectomia por videolaparoscopia.
MÉTODO
Métodos: Estudo retrospectivo observacional, de janeiro a abril de 2018, com análise de prontuários de pacientes submetidos à avaliação da HADS. Utilizadas como variáveis: sexo, idade, índice de massa corporal (IMC), classificação ASA, parâmetro HADS, tempo de internação hospitalar e tempo de cirurgia (inclui anestesia). Foram utilizados testes não paramétricos, como valores significativos, com p <0,05.
RESULTADOS
Resultados: 167 pacientes foram incluídos no estudo. No total, 27 pacientes (16,17%) apresentaram apenas ansiedade, 12 (7,18%) apenas depressão e 7 (4,19%) ambos os transtornos de acordo com a escala. O escore da HADS foi de 5,29 + 3,33 pontos para ansiedade e de 3,71 + 2,99 pontos para depressão. Não houve diferença estatisticamente significante entre o tempo de cirurgia, o tempo de pós-operatório ou as complicações quando comparados pacientes com ansiedade ou depressão com aqueles sem esses distúrbios. Ainda nesse contexto, vale ressaltar que, do total de pacientes avaliados, cerca de 23,35% apresentaram escores indicativos de ansiedade ou depressão, com ausência de diagnóstico prévio.
CONCLUSÕES
O escore da HADS não influenciou no tempo de cirurgia, tempo de internação ou complicação. No entanto, sua utilização na internação permite identificar os pacientes que necessitam de acompanhamento e melhor suporte psicológico.
Área
EXPERIMENTAL / PESQUISA BÁSICA
Instituições
Unifor - Ceará - Brasil
Autores
Carlos Magno Queiroz da Cunha, Victor Andrade de Araújo, Leissa Feitosa Albuquerque Lima de Magalhães, Douglas Marques Ferreira de Lima, Francisco Julimar Correia de Menezes, Paulo Marcos Lopes, Heron Kairo Sabóia Sant’Anna Lima, LUCAS SABÓIA MARINHO