Dados do Trabalho


TÍTULO

ABDOME AGUDO: DADOS CLINICO-EPIDEMIOLOGICOS DE UM SERVIÇO DE REFERENCIA DA REGIAO METROPOLITANA DE JOAO PESSOA – PB

OBJETIVO

Apresentar dados clínicos e epidemiológicos acerca do abdome agudo, coletados em um serviço da região metropolitana de João Pessoa – PB referência nesse grupo nosológico. Tal análise, levou em consideração aspectos esclarecedores do diagnóstico como a faixa etária, tempo de evolução, sinais e sintomas e alteração laboratorial. Tendo em vista o fato de ser uma síndrome que possui diversas características confundidoras e inespecíficas. Tornando salutar o diagnóstico precoce da etiologia para que se tenha uma conduta terapêutica benéfica ao paciente, seja ela clínica ou cirúrgica.

MÉTODO

Trata-se de um estudo observacional descritivo e transversal. Os dados foram obtidos através do preenchimento de um formulário eletrônico do Google Forms® durante o segundo semestre de 2018 no estágio da Liga Acadêmica de Cirurgia da Paraíba (LAC-PB). A elaboração ocorreu de acordo com fatores analisados em artigos, por meio de uma revisão integrativa realizada no PubMed com o descritor “acute abdomen”. Os quesitos da análise foram: sexo, idade por faixa etária, tempo de evolução, sinais e sintomas apresentados, exames laboratoriais alterados, exames de imagem realizados (podendo nesses três quesitos apresentar mais de uma resposta), subtipo de abdome agudo, diagnóstico específico e conduta terapêutica. A coleta ocorreu com os pacientes apresentando quadro sindrômico típico dispostos participar da pesquisa.

RESULTADOS

Durante esse período de coleta, foram analisadas informações de 13 pacientes atendidos no serviço supracitado. Quanto ao sexo, 76,9% (n=10) eram mulheres e 23,1% (n=3) eram homens. No que diz respeito a idade por faixa etária, 69,2% (n=9) tinha entre 30-39 anos; 23,1% (n=3) entre 20-29 anos e 7,7% (n=1) entre 10-19 anos. Em relação ao tempo de evolução, 53,8% (n=7) relatou duração entre 1-3 dias; 23,1% (n=3) entre 3-7 dias e 23,1% (n=3) mais de 7 dias. Ao se tratar dos sinais e sintomas apresentados, 12/13 relataram vômito, 9/13 náusea, 8/13 febre, 7/13 dor localizada, 6/13 dor difusa, 6/13 não sentiam fome, 5/13 distensão abdominal, 3/13 parada de eliminação de fezes e flatos. No quesito exames laboratoriais alterados, 8/13 tinham alteração do hemograma, 4/13 da bilirrubina total e frações, 3/13 das enzimas canaliculares e 1/13 da amilase, lipase, transaminases e urina tipo I. Dos exames de imagem, a ultrassonografia foi utilizada 12 vezes, a tomografia computorizada, três, e cinco não necessitaram do auxílio. 100% dos casos eram do subtipo inflamatório com maior prevalência de apendicite, 46,2% (n=6), seguido pela colecistite, 38,5% (n=5) e demais casos únicos. Consequentemente, 100% das condutas foram cirúrgicas.

CONCLUSÕES

Dado o exposto, percebe-se o quão significativo é a diferenciação dos múltiplos diagnósticos dessa síndrome, já que as alterações laboratoriais são inespecíficas e a imagenologia não é definidora por si só. Sendo assim, conhecer os aspectos clínico-epidemiológicos à finco é indispensável para a conduta adequada e em tempo hábil.

Área

URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - Paraíba - Brasil

Autores

HIAGO DANTAS MEDEIROS, LAÍS NÓBREGA VIEIRA, EDUARDO ALFEU PEIXOTO PAREDES, PEDRO PAULO ASSUNÇÃO SILVA, MARINNA KARLA CUNHA LIMA VIANA, ANA BEATRIZ BATISTA NEVES, LANDSTEINER ANJOS LEITE, ADRIANO DIAS TRAJANO