Dados do Trabalho
TÍTULO
HERNIA INGUINAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA ABORDAGEM ACERCA DA MORBIMORTALIDADE NACIONAL
OBJETIVO
Traçar o perfil epidemiológico da hérnia inguinal em crianças e adolescentes com o fito de delinear um panorama nacional referente ao agravo em análise.
MÉTODO
Consiste em um estudo transversal, descritivo e retrospectivo a partir da base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) entre 2008 e 2018. As variáveis pesquisadas foram: internações, óbitos, caráter do atendimento, sexo e faixa etária.
RESULTADOS
Foram notificados no país 365.606 internações e 119 óbitos entre crianças e adolescentes no período em estudo. Nessa esfera, coadunando-se o número de hospitalizações e casos fatais, foram registradas 137.155 notificações no Sudeste, 116.023 no Nordeste, 52.533 no Sul, 33.078 no Norte e 26.936 no Centro-Oeste. Em relação ao atendimento, 293.064 internações (80,2%) tiveram caráter eletivo e 72.524 (19,8%) foram catalogadas como urgências. Ademais, houve maior prevalência no sexo masculino, contemplando um total de 276.483 internações (75,6%) e 104 óbitos (87,4%). Levando-se em consideração a faixa etária, entre menores de 1 ano, 1 a 4 anos, 5 a 9 anos, 10 a 14 anos e 15 a 19 anos foram registrados, respectivamente, 57.339, 132.234, 102.257, 39.229 e 34.547 internações. Nessa mesma sequência de intervalos etários, foram notificados 109, 6, 1, nenhum e 3 óbitos
CONCLUSÕES
As hérnias inguinais são afecções extremamente frequentes nos serviços de cirurgia geral, representando uma das principais causas de cirurgia na infância. Nesta faixa etária apresentam-se como hérnias indiretas por persistência do processo peritôneo-vaginal, esse defeito congênito é mais comum em homens, explicando a disparidade de incidência em comparação às mulheres. Sua importância se deve a alta incidência, risco de complicações e recidiva após cirurgia de correção. Possui um alto número de admissões hospitalares visto que o tratamento realizado, habitualmente, é cirúrgico para todos os casos. Todavia, a decisão quanto ao momento cirúrgico adequado e o tipo de cirurgia a se realizar dependem, basicamente, se a hérnia é redutível, encarcerada ou estrangulada. Acerca das complicações, vale ressaltar o risco de encarceramento e obstrução intestinal os quais são responsáveis pelo caráter de urgência da patologia.
Área
CIRURGIA PEDIÁTRICA
Instituições
Centro Univesitário Tiradentes - Alagoas - Brasil
Autores
Leticia Lima Oliveira, Fernanda Melo Oliveira, João Pedro Matos Santana, Marcos Reis Gonçalves, Franciele Avely de Sá Maciel Ferreira, Monikele Emillie Almeida, Lais Albuquerque Pinto, Maria Eduarda Freitas Melo