Dados do Trabalho
TÍTULO
FISSURAS LABIOPALATINAS: REVISAO DE LITERATURA
OBJETIVO
As fissuras de lábio e palato são malformações congênitas com origem embriológica de alta incidência. Tais fissuras ocorrem em virtude da falta de fusão entre os processos faciais embrionários e os processos palatinos, apresentando uma etiologia multifatorial.
Neste trabalho, objetivou-se discutir as fissuras labiopalatinas através da realização de uma revisão de literatura.
MÉTODO
Para a construção dessa revisão foram utilizados dados nacionais e internacionais. Foram abordados desde o aspecto embriológico até as técnicas cirúrgicas utilizadas pela cirurgia plástica. Trabalho orientado equipe de cirurgia plástica da Beneficência Portuguesa de São Paulo.
RESULTADOS
Uma das classificações mais utilizadas é a de Spina, a qual identifica a anatomia e, além de ser simples, é bastante eficiente.. A sua particularidade consiste em elucidar a origem embriológica do defeito. A face média se forma embriologicamente a par-tir de dois primórdios principais denominados palato primário e palato secundário. O palato primário dá origem às estruturas centrais da face média, como columela nasal, filtro e tubérculo labial e a pré-maxi-la. O palato secundário é formado a partir da fusão dos processos palatinos que terminam de formar o palato na 12ª semana de vida intrauterina. O forame incisivo simboliza o que separa intrauterinamente os palatos primário e secundário. A linha de fusão entre os processos faciais embrionários constitui a linha de fragilidade e a falha desta fusão origina a fissura16. Pela classificação de Spina podem ser divididas em 4 Grupos: Grupo I - Fissuras pré-forame incisivo; Grupo II - Fissuras transforame incisivo; Grupo III - Fissuras pós-forame incisivo e Grupo IV - Fissuras raras da face. Em relação a tratamento de pacientes com fissuras faciais e deformidades craniofaciais foi visto que atinge melhores resultados quando o diagnóstico e plano de tratamento são realizados por uma equipe multidisciplinar.. Essas equipes incluem profissionais em diversas áreas da Medicina, Fonoaudiologia, Psicologia, Odontologia, Assistência Social, Enfermagem, entre outros. Este grupo de profissionais deve ter treinamento, educa-ção continuada e experiência para estarem prepa-rados para atendimento de fissurados labiopalatais. Sugere-se que a equipe tenha reuniões periódicas a cada dois meses para avaliação dos tratamentos, dis-cussão de novos casos e planejamento, beneficiando os resultados.
CONCLUSÕES
Conclui-se que as fissuras labiopalatinas podem desencadear uma série de alterações que podem comprometer a fala, o desenvolvimento, a nutrição, audição, estética, alterações dentais e psicológicas dentre outras. Logo, para que haja uma melhora realmente efetiva da qualidade de vida do paciente, é necessário um acompanhamento multidisciplinar.
Área
CIRURGIA PLÁSTICA (Inclusive neoplasias malignas de pele)
Instituições
BENEFICENCIA PORTUGUESA DE SAO PAULO - São Paulo - Brasil
Autores
ANNA ELISA NOBREGA DE SOUZA, Amanda Martins Charneca, Edilson Carlos de Souza, Gabriel Carlos Nobrega de Souza, Filipe Antonio Peixoto Mourao