Dados do Trabalho
TÍTULO
PRIMEIRA RETOSSIGMOIDECTOMIA ROBOTICA DO PARANA
INTRODUÇÃO
Os benefícios da cirurgia robótica já estão comprovados em diversos estudos na literatura. Porém, devido ao alto custo, ainda é pouco acessível na maior parte dos hospitais brasileiros. Desde outubro de 2016 o Hospital Erasto (Hospital do Câncer do Estado do Paraná) disponibiliza essa tecnologia aos pacientes do Sistema Único de Saude. Nessa fase de implantação do projeto, já foram realizados 172 procedimentos, entre cirurgias ginecológicas, urológicas e trato gastrointestinal alto e baixo. O presente trabalho tem por objetivo a apresentação do primeiro caso de tumor de reto realizado na instituição, e por consequência no estado do Paraná
DESCRIÇÃO DO VÍDEO
O vídeo apresenta o primeiro caso de retossigmoidectomia realizado por via robótica no estado do Paraná. Trata-se de uma paciente do sexo masculino, que deu entrada no hospital com queixa de sangramento retal. Ao toque retal, lesão não era palpada. Restante do exame físico sem alterações. À colonoscopia, apresentava lesão em reto médio, de aproximadamente 5 cm de extensão, ulcerada e vegetante. O exame anatomo-patológico evidenciou um adenocarcinoma moderadamente diferenciado. Realizou neoadjuvância com quimioterapia e radioterapia, sendo operado 8 semanas após o término da neoadjuvância. Após a cirurgia, o exame anatomo-patológico da peça não evidenciou lesões residuais, com resposta patológica completa. O paciente recebeu alta hospitalar no 2º dia pós operatório. No momento, encontra-se em seguimento ambulatorial, sem sinais de recidiva.
CONCLUSÃO
À despeito do alto custo e da necessidade de treinamento especializado de toda a equipe, a realização de retossigmoidectomia via robótica é factível e com resultados pós operatórios excelentes. Destacamos que, antes do inicio dos procedimentos oncológicos de maneira rotineira, cada membro do staff do hospital recebeu treinamento especializado e realizou pelo menos um estágio no exterior. A qualificação prévia em cirurgia minimamente invasiva e o alto grau de exigência no treinamento especializado talvez sejam fatores que justifiquem o baixo índice de complicações no serviço nestes casos da fase de implantação.
Área
COLOPROCTOLOGIA
Instituições
HOSPITAL ERASTO GAERTNER - Paraná - Brasil
Autores
FLAVIO DANIEL SAAVEDRA TOMASICH, MURILO ALMEIDA LUZ, GIOVANNI ZENEDIN TARGA, FERNANDO HENRIQUE OLIVEIRA MAURO, CARLA SIMONE SILVA, ANDRES ESTREMADOIRO VARGAS, ADRIELLE LIMA MUNHOZ, EWERSON LUIZ CAVALCANTI-SILVA