Dados do Trabalho
TÍTULO
O USO DA CIRCULAÇAO EXTRACORPOREA EM CIRURGIAS TORACICAS
OBJETIVO
Descrever a contribuição da Circulação Extracorpórea para a Cirurgia Torácica, bem como sua técnica e possíveis complicações.
MÉTODO
Revisão de tema em literatura especializada utilizando artigos científicos e livros-texto, sob supervisão do orientador.
RESULTADOS
Definido como um conjunto de máquinas, equipamentos, tubos e técnicas que substituem temporariamente a função do coração e do pulmão, a Circulação Extracorpórea permitiu grandes avanços para a Cirurgia Torácica e para a Medicina. Dos quais destacam-se, uma melhor compreensão acerca da fisiologia cardiovascular, das reações do organismo às agressões cirúrgicas e um melhor entendimento da homeostase.
O objetivo inicial da circulação extracorpórea é permitir ao cirurgião adentrar as câmaras cardíacas, em um campo exangue, e corrigir defeitos congênitos, como a Tetralogia de Fallot, e adquiridos, a exemplo dos distúrbios valvares.
A técnica intraoperatória envolve a esternotomia com serra elétrica e, posteriormente, afastamento das costelas com afastador de Phinochetto, a fim de evitar lesão pulmonar. O passo seguinte se dá com a abertura do pericárdico, fixando-o ao tecido subcutâneo, para então acessar e manipular o coração. Após essa parte inicial, um sistema de cânulas é ligado às veias cavas e à aorta ascendente para, respectivamente, retirar e devolver o sangue ao coração. Durante todo o procedimento, deve-se induzir o paciente a hipotermia para que as necessidades fisiológicas do organismo sejam equivalentes à perfusão sanguínea inadequada induzida pela CEC e, com isso, complicações possam ser evitadas.
Estudos demonstraram que o prazo máximo de realização da Circulação Extracorpórea é de 90 minutos, visto que após esse prazo complicações pós – operatórias são observadas, a exemplo da Insuficiência Renal. Cerca de 70 % dos pacientes, que excedem este prazo, irão desenvolver essa complicação, devido uma acidose metabólica e alterações na coagulação sanguínea.
No pós-operatório, outro importante achado é a má perfusão cerebral, devido à ineficiência do coração em bombear o sangue. Esse mecanismo desencadeia sintomas de baixo débito no sistema nervoso central, a exemplo da síncope e alterações no nível de consciência.
CONCLUSÕES
A Cirurgia Torácica com utilização de Circulação Extracorpórea é um procedimento complexo, fato que justifica um conhecimento sólido na teoria e na prática acerca de sua técnica e possíveis complicações.
Área
CIRURGIA TORÁCICA
Instituições
UNIPTAN - Minas Gerais - Brasil
Autores
Tiago Sacramento Souza Melo, Gabriel Coelho Costa Américo Oliveira Terceiro, Nathally Pereira Rodrigues, Juarez Leite Correa, Gabriel Américo Oliveira Neto