Dados do Trabalho


TÍTULO

CIRURGIA BARIÁTRICA: BY-PASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX E GASTRECTOMIA VERTICAL

OBJETIVO

Comparar as técnicas cirúrgicas bypass gástrico em Y de roux (BGYR) e gastrectomia vertical (GV) para redução bariátrica, analisando os benefícios e relação com morbidades.

MÉTODO

Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com buscas nas bases de dados PubMed e Scielo. Os descritores definidos foram: cirurgia bariátrica, by-pass gástrico e gastrectomia vertical.

RESULTADOS

A obesidade é uma doença crônica e multifatorial com incidência crescente, relacionada com outras morbidades, como hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus II (DM) e dislipidemias. Dentro do grupo das intervenções terapêuticas, a cirurgia bariátrica apresenta-se como importante alternativa. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, as principais indicações para cirurgia bariátrica são: pessoas com índice de massa corporal (IMC) >40 kg/m², independentemente da presença de morbidades e IMC entre 35 e 40 kg/m2 na presença de morbidade. Ressalta-se que a cirurgia bariátrica tem demonstrado redução em 89% do risco relativo de morte em pacientes com obesidade mórbida. A gastrectomia vertical ou em manga, do inglês sleeve gastrectomy, consiste na construção de um novo estômago em forma de um tubo fino através da remoção de 70% a 80% do estômago original, tendo como uma das vantagens permanência do duodeno e fornecendo um reservatório com volume próximo de 200 mL. A técnica do BGYR consiste na redução da capacidade gástrica para um volume de aproximadamente 20 ml. O pequeno reservatório gástrico é anastomosado a uma alça jejunal isolada em Y e seu esvaziamento é limitado por um anel de silicone reduzindo o diâmetro da luz gástrica. O estômago remanescente, assim como o duodeno e os primeiros 50 cm de jejuno, ficam permanentemente excluídos do trânsito alimentar. Ao comparar as técnicas, em relação à diminuição do IMC, percebe-se que ambas são efetivas, pois geram aumento na saciedade e hipofagia de longo prazo. Em relação às morbidades, a GV apresentou aumento na incidência doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) por acometimento estrutural dos mecanismos antirrefluxo. Por outro lado, o BGYR necessitou de revisão cirúrgica após 10 anos ou mais. Ao comparar DM e HAS, percebe-se redução nos dois procedimentos, com destaque para HAS. Contudo, observou-se a necessidade de medicamentos anti-hipertensivos em pacientes que utilizaram a técnica de BGYR.

CONCLUSÕES

As modalidades de cirurgia bariátrica analisadas atingiram seu objetivo de reduzir o IMC de pacientes não responsivos a terapia clínica. Cada procedimento apresentou suas peculiaridades: a GV está relacionada com o aumento na incidência de DRGE e o BGYR com a revisão cirúrgica a longo prazo. Quanto as morbidades, ambas apresentam bom prognóstico e resultados semelhantes, tanto para DM2 e HAS. Contudo, o BYGR, em alguns pacientes, apresentou piores resultados na redução da HAS, sendo necessário o uso de anti-hipertensivos.

Área

CIRURGIA DA OBESIDADE - METABÓLICA

Instituições

UniEvangélica - Goiás - Brasil

Autores

Yago José Fagundes Freitas, Naiza Murielly Pereira Borges, Guilherme Nassif Corrêa, Letícia Ohana Carvalho, Nathália Carvalho Moreira, Amanda Fernandes Pereira Brito