Dados do Trabalho
TÍTULO
RELAÇAO ENTRE DURAÇAO DOS SINTOMAS E FASE OU COMPLICAÇAO DA APENDICITE AGUDA EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRATAMENTO CIRURGICO EM HOSPITAL DE REFERENCIA EM SALVADOR
OBJETIVO
Avaliar a relação entre duração dos sintomas até internação e fase ou complicação da apendicite aguda em pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico no Hospital Geral Ernesto Simões Filho. Ademais, a apendicite aguda é uma emergência cirúrgica com importante incidência na medicina, então a realização desse trabalho em um hospital de referência de Salvador permite identificar fatores influem no prognóstico.
MÉTODO
Trata-se de um estudo observacional retrospectivo descritivo, de série de casos, com base na revisão dos prontuários de todos os pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico de apendicite aguda de janeiro de 2017 até agosto de 2018, no Hospital Geral Ernesto Simões Filho em Salvador - BA. Os pacientes submetidos à cirurgia terapêutica para apendicite aguda no período supracitado de ambos os sexos foram inclusos neste trabalho, porém, os pacientes com registros incompletos e/ou ilegíveis que impeçam a utilização dos dados e aqueles pacientes que fizeram o acompanhamento pós-operatório fora do Hospital Geral Ernesto Simões Filho foram excluídos do trabalho. Posteriormente, buscaram-se em prontuário os seguintes dados: duração dos sintomas até a internação, fase da apendicite e gravidade. A amostra final foi de 72 pacientes, os dados foram registrados em questionários previamente elaborados e analisados percentualmente.
RESULTADOS
Da amostra estudada, 47 pacientes (65%) apresentavam 1 a 3 dias de manifestação dos sintomas até o dia da admissão (Grupo 1); 20 (28%) apresentavam 4 a 7 dias (Grupo 2) e somente 5 (8%) estavam entre 1 a 2 semanas até o atendimento (Grupo 3). 12 pacientes (17%) apresentavam apendicite em fase I; 21 (29%) apresentavam fase II; 18 (25%) fase III; e 21 (29%) já estavam em fase IV. Em relação à gravidade da apendicite, 36 (50%) apresentavam apendicite complicada enquanto 36 (50%) apresentavam apendicite não complicada. Também, dentro do grupo 1, 15% (7) estavam em fase I de apendicite; 40% (19) estavam em fase II; 25% (12) estavam em fase III; e 12% (9) em fase IV. Ainda nesse grupo, 57% (27) apresentavam apendicite não complicada, e 43% (20) apresentavam apendicite complicada. Já o grupo 2, 20% (4) estavam em fase I; 15% (3) estavam em fase II; 20% (4) em fase III e 45% (9) em fase IV. Quanto à gravidade, 40% (8) apresentavam apendicite não complicada e 60% (12) apresentavam apendicite complicada. Por fim; no grupo 3, 20% (1) estavam em fase I; 40% (2) em fase III; e 40% (2) em fase IV. 20% (1) apresentavam apendicite não complicada, e 80% (4) apendicite complicada.
CONCLUSÕES
Com base na análise percentual dos dados, podemos propor a hipótese de que quanto maior o tempo de início dos sintomas até a admissão médica, maior a gravidade e a fase da apendicite, ratificando a literatura. Infelizmente, por conta da amostra limitada, não podemos tirar conclusões estatísticas. Conclui-se que esse estudo deve ser preliminar para outros comprovatórios.
Área
URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS
Instituições
UFBA - Bahia - Brasil
Autores
Vinicius de Freitas de Freitas, Camila Mattos Souza