Dados do Trabalho


TÍTULO

NOVOS TESTES LABORATORIAIS PARA DIAGNOSTICO DE PANCREATITE AGUDA (PA)

OBJETIVO

Conhecer novos testes laboratoriais para diagnóstico de pancreatite aguda (PA).

MÉTODO

Trata-se de uma revisão de literatura integrativa, com buscas nas bases de dados Pubmed, Lilacs e Bireme. Foram definidos 5 descritores: novo, pancreatite, agudo e testes laboratoriais. Foram encontrados 43 trabalhos. Definiu-se como critério de exclusão os trabalhos anteriores a 2014 e como critério de inclusão a relevância temática, totalizando 31 artigos.

RESULTADOS

Esta revisão dividiu os testes laboratoriais em 2 grupos. O primeiro grupo é formado pelos exames laboratoriais clássicos. No segundo grupo, estão incluídos novos exames que entraram na prática clínica. No primeiro grupo, os exames clássicos foram aprimorados, melhorando sua especificidade e sensibilidade. A dosagem de amilase e lipase séricas é importante no diagnóstico da PA. Porém, novas pesquisas buscaram elucidar a eficácia da dosagem das duas enzimas, separadamente. Conclui-se que a lipase sérica apresenta maior sensibilidade e maior janela diagnóstica. Ressalta-se que ambas, não apresentaram relação direta com a gravidade e etiologia da doença. A dosagem da albumina, exame auxiliar no diagnóstico de PA, apresenta papel preditivo da falência de órgãos induzida por pancreatite aguda. A análise do triglicérides, com níveis superiores a ≥2,26 mmol/L, na admissão do paciente com suspeita de PA, é preditor de complicações. Destacam-se complicações locais, necrose pancreática, e sistêmicas, falência multiorgânica, que podem culminar na internação hospitalar em UTI. No grupo 2 estão incluídos testes que avaliam mecanismos imunológicos e genéticos. Assim, a determinação do polimorfismo do gene para IL-8 revelou ser importante no diagnóstico de crises de pancreatite aguda recorrentes. Somada a análise sérica da IL-8, obtida durante o quadro de PA, sua especificidade pode chegar a 91% e sensibilidade próxima de 70%. A contagem de monócitos, principalmente CD14, CD163, CD115 e M2, estão relacionados com o diagnóstico e com severas complicações da PA para o organismo. A contagem de granulócitos imaturos, biomarcadores de alta sensibilidade, é importante para diagnóstico e prognóstico do manejo da PA, apresentando-se mais fidedignos que a contagem de leucócitos, separadamente. A relação entre neutrófilos e linfócitos (RNL) apresenta importante valor prognóstico, pois apresentou melhores resultados estatísticos na análise da sobrevida global do paciente com PA.

CONCLUSÕES

O diagnóstico de pancreatite aguda é a soma de informações da história clínica e do exame físico. Os testes laboratoriais são ferramentas que clareiam apresentações clínicas de difícil manejo, e oferecem informações sobre complicações da pancreatite. Os novos testes laboratoriais aumentaram sua especificidade e sensibilidade, por aprimorarem a técnica do exame e por encontrarem novos biomarcadores, os quais são de suma importância para melhor compreensão do quadro clínico.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

UniEVANGÉLICA - Goiás - Brasil

Autores

GUILHERME NASSIF CORREA, NAIZA MURIELLY PEREIRA BORGES, YAGO JOSÉ FAGUNDES FREITAS, JALSI TACON ARRUDA, PEDRO TOMAZ ESPER, ANA LUIZA SILVA LÔBO, IZABELLA GOMES SOUZA