Dados do Trabalho


TÍTULO

TRATAMENTO DA ATRESIA DE VIAS BILIARES: PROCEDIMENTO DE KASAI OU TRANSPLANTE DE FIGADO?

OBJETIVO

Analisar as duas principais formas de tratamento da atresia biliar, causa mais comum de colestase em crianças, sendo o distúrbio colestático com maior risco de vida se não tratado – leva à morte dentro de cerca de dois anos -, elencando as possíveis indicações de cada método.

MÉTODO

Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada através da análise de doze periódicos disponíveis da base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) com o cruzamento dos descritores “atresia das vias biliares”, “tratamento” e “procedimento de Kasai” por meio do operador AND.

RESULTADOS

A atresia biliar tem sua incidência de 0,3 a 3,7 em cada 10.000 nascidos vivos e cursa como uma patologia fibrótica progressiva dos ductos biliares intra-hepáticos ou extra-hepáticos em graus variantes, sendo a indicação mais comum do transplante hepático pediátrico. Kasai propôs um sistema que classifica o acometimento anatômico da atresia biliar: no tipo III a atresia está ao nível da porta hepática ou acima dela, portanto foi referida como forma “incorrigível”, entretanto tipo I (limitada ao ducto biliar comum) e tipo II (ductos biliares hepáticos) podem ser corrigidos cirurgicamente através da portoenterostomia de Kasai, visto que existem ductos patentes de anastomose cirúrgica, esse procedimento pode prevenir ou adiar o transplante hepático. Esta intervenção é melhor realizada nos primeiros dois meses de vida devido a possibilidade de retardar a progressão da fibrose. O transplante de fígado pode ser necessário caso a portoenterostomia não restaure o fluxo biliar e/ou se ocorrer evolução para cirrose, além disso, o transplante primário sem tentativa anterior do procedimento só está indicado nos casos de diagnóstico tardio da patologia e nos casos em que as manifestações clínicas da hipertensão portal já estão presentes. Pacientes mais jovens (com menos de dois anos) têm uma lista de espera maior para o transplante hepático resultando em maior mortalidade, além de piores resultados após o transplante.

CONCLUSÕES

É preciso a identificação precoce da atresia biliar para que seja realizado o procedimento de Kasai no intuito de retardar ou prevenir o transplante hepático, tendo a finalidade, portanto, de reduzir os altos índices de mortalidade associados à essa condição.

Área

FÍGADO

Instituições

Centro Universitário Tiradentes - Alagoas - Brasil

Autores

Leticia Lima Oliveira, Leticia Lima Oliveira, Diandra Alcântara Jordão, Diandra Alcântara Jordão, Fernanda Melo Oliveira, Fernanda Melo Oliveira, Yanka Maria Leite Santos, Yanka Maria Leite Santos, Taciane Marques Cavalcante, Taciane Marques Cavalcante, Arsênio Jorge Ricarte Linhares, Arsênio Jorge Ricarte Linhares, Andrea Marques Vanderlei Ferreira, Andrea Marques Vanderlei Ferreira, Rodrigo Santana Luna Batista, Rodrigo Santana Luna Batista