TÍTULO

ESTUDO RETROSPECTIVO DE ESTENOSE CAROTIDEA NA UNIDADE DE AVC NO HOSPITAL REGIONAL DO CARIRI.

OBJETIVO

O presente trabalho tem como objetivo descrever os casos de doença aterosclerótica carotídea numa população de doentes internados por AVC isquêmico/AIT na Unidade Cérebro Vascular do Hospital Regional do Cariri.
Discorrer sobre a importância do USG Doppler como uma ferramenta para diagnóstico de estenose de carótida em paciente com Acidente Vascular Cerebral. Descrever os pacientes com estenose de carótidas, bem como o percentual dos fatores de risco presentes nos pacientes com e sem doença carotídea. Relatar o percentual de estratificação da estenose de carótida com base no que é
preconizado pela literatura vigente.

MÉTODO

Objetivou-se um estudo transversal, retrospectivo, por meio de análise de
prontuários dos pacientes admitidos na Unidade Cérebro Vascular do Hospital Regional do Cariri, no período de Janeiro a Junho de 2016. Os critérios de inclusão foram o diagnóstico de AVC/AIT e a realização de USG doppler de carótidas na investigação de doença carotídea. O seguinte estudo atraves de coleta dos dados através de resgate de prontuário, descrevendo o quadro clínico do paciente, os exames que contribuíram para o diagnóstico e o tratamento instituído para a patologia em estudo. Dados como idade, sexo, presença ou não de hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, etilismo, cardiopatia e AVC prévio foram coletados e avaliados. A estratificação da doença carotídea através da USG doppler de carótidas também foi estudada.

RESULTADOS

Este trabalho descreveu o perfil dos pacientes internados por ACV/AIT e avaliou aqueles que apresentavam estenose de carótida. Dos 344 pacientes, 150 apresentaram doença carotídea nos mais diversos graus de estenose. Nosso trabalho observou uma porcentagem maior de homens com estenose de carótida, quando comparado as mulheres.

CONCLUSÕES

Quando comparamos ao nossotrabalho, nossa prevalência de estenose ≥ 50% foi de 29,33%, mais elevada, quando comparada a literatura.
Observou-se em nosso estudo, que a maioria dos pacientes com estenose tinham menos de 50% de oclusão, correspondendo a 70,67% de todos os casos. Pacientes com estenose de carótida superior a 50% apresentam um risco de AVC/AIT de 1 a 5% ao ano, enquanto que lesões com menos de 50% de obstrução, o risco é menor que 1%. Nosso trabalho encontrou 70,67% de estenose inferior a 50% dos pacientes com AVC/AIT e doença carotídea. Talvez a associação com os outros fatores de risco (hipertensão, diabetes, tabagismo, etilismo, idade avançada) que também são preditores para os eventos cerebrovasculares, tenham contribuído para o surgimento dessas complicações no paciente com estenose inferior a 50%. A análise multivariada dos fatores de risco com o grau de obstrução da doença carotídea talvez seja necessária para melhor detalhamento dessa associação, importante para estudos futuros.