TÍTULO

ANALISE ENTRE REALIZAÇOES DE COLECISTECTOMIA E SEUS CUSTOS, NOS ULTIMOS TRES ANOS NAS CIDADES DE PALMAS E GURUPI DO ESTADO DO TOCANTINS

OBJETIVO

Estabelecer um comparativo entre realizações de colecistectomia e os custos dessas para o Sistema Único de Saúde (SUS) nos anos de 2016, 2017 e 2018, nas cidades de Palmas e Gurupi, ambas no Estado do Tocantins, considerando que Palmas é a única cidade do estado a realizar o procedimento pelas vias convencional e laparoscópica e Gurupi sendo a terceira maior cidade do estado abarcando a demanda da região sul do estado, realiza o procedimento apenas pela via convencional. Analisar o custo-benefício da implantação do procedimento laparoscópico para a cidade de Gurupi. Avaliar a possível repercussão para mais pacientes do estado do Tocantins, se mais unidade de saúde do SUS tivessem o equipamento videolaparoscópico.

MÉTODO

Estudo observacional, retrospectivo e analítico através da coleta de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) nos anos de 2016, 2017 e 2018, tabulação e estatística descritiva através do programa Microsoft Excel 2010.

RESULTADOS

Foram realizados 1.059 procedimentos de colecistectomia nos últimos três anos no Estado do Tocantins com o custo total de R$ 356.732,86. Desses, 21% em Palmas, sendo 12% por via laparoscópica e 9% por via convencional, e 13% em Gurupi. As duas cidades correspondem a quase um quarto (1/4) dos procedimentos de colecistectomia do estado. Por procedimento foi gasto em Palmas a média de R$ 1.025,84 por via convencional e R$ 886,25 por via laparoscópica. Esta é 24% mais barata para o SUS em comparação com a via convencional. Em Gurupi a média do custo por procedimento foi de R$ 961,54. O tempo médio de internação em cada cidade ficou de quatro dias por procedimento em Palmas e três dias e meio em Gurupi.

CONCLUSÕES

Palmas tem um tempo médio diário de internação por procedimento maior que Gurupi em decorrência da cirurgia tradicional ser realizada em maior quantidade, ocasionando em um aumento geral da média de tempo de internação. A quantidade de realização de colecistectomias em Gurupi é bastante significativa no âmbito estadual, o hospital atende toda a demanda da região sul, e a economia que iria gerar ao SUS com implantação do procedimento por via laparoscópica reduzindo os gastos com tempo de internação, alimentação e medicamentos, por exemplo Isto poderia suprimir com o tempo, os gastos com o investimento inicial em equipamentos e capacitação de profissionais para o manuseio das maquinas videolaparocópicas. Além disso, os benefícios para o paciente são maiores quando escolhido o procedimento por via laparoscópica, como, por exemplo, menor tempo de internação, menor tempo de exposição a micro-organismos mais resistentes, menor intensidade da dor no pós-operatório, menos medicações profiláticas/analgésicas e menor resposta endócrino metabólica ao trauma gerado pelo ato cirúrgico. Somando todos esses benefícios, confirma-se a necessidade da implementação da cirurgia por videolaparoscopia na unidade de Gurupi – Tocantins, tanto no ponto de vista econômico ao SUS, como no que seria melhor para o paciente.