Dados do Trabalho
TÍTULO
EVOLUÇAO DE ESCALAS PROGNOSTICAS DE PORTADORES DE ATRESIA ESOFAGICA A PARTIR DA CLASSIFICAÇAO DE RISCO DE WATERSTON (1952)
OBJETIVO
Busca-se explorar, na literatura, a evolução das escalas prognósticas esperadas para pacientes portadores de Atresia Esofágica, a partir do método de Classificação de Waterston (1952). De modo a evidenciar aspectos prognósticos, a salientar as vantagens e limitações impostas por esse método de classificação.
MÉTODO
Elaboração de revisão exploratória de literatura de artigos selecionados em algumas das principais plataformas nacionais e internacionais de dados em Medicina e área correlatas, tais como PubMed, LILACS, BVS, Bireme.
RESULTADOS
A atresia esofágica é definida como a interrupção congênita do esôfago, geralmente acompanhada de fístula traqueal. De etiologia desconhecida, tem incidência de 1:25.000 a 1:4.500 nascimentos, com discreta preferência para sexo masculino. Devido a revolução tecnológica nas técnicas cirúrgicas e de cuidados intensivos neonatais, observou-se a transformação de uma condição antes considerada como potencialmente fatal para uma sobrevivência esperada em torno de 95%. O suporte ventilatório adequado juntamente com o cuidado nutricional contribuiu consideravelmente no cuidado e atenção aos RNs portadores de Atresia de Esôfago. Waterston (1952) foi um dos pioneiros na elaboração de escalas prognósticas para atresias esofágicas, bem como seu estudo para a indicação com orientação de condutas adequadas, conforme a gravidade do RN e o risco cirúrgico da operação indicada. Os principais fatores considerados na classificação de risco envolvem as condições gerais (peso, verificação de pneumonias e outras malformações associadas). Entretanto, vale ressaltar que as escalas elaboradas por Waterston são anteriores aos grandes marcos de desenvolvimento de cuidados intensivos neonatais, sua principal limitação é não estar atualizada a esses avanços da medicina que revolucionaram o manejo das atresias esofágicas. Comparando-se os resultados e taxa de sobrevivência cunhados por Waterston em 1952 àqueles elaborados por Spitz (1994), é possível observar prognósticos e taxas de sobrevivência com resultados consideravelmente melhores. A classificação de Spitz (1994) tem como parâmetros também o peso e presença de outras más formações, difere da escala de Waterston, que colocava a pneumonia como um dos fatores prognósticos envolvidos.
CONCLUSÕES
A atresia esofágica foi causa no passado de importante mortalidade entre os RNs. Waterston (1952) teve grande contribuição ao elaborar sua escala prognóstico e auxiliar consideravelmente os cirurgiões pediátricos da época a decisões e indicações cirúrgicas. Entretanto, após 1952, houve um salta tecnológico nos cuidados intensivos RNs, permitindo redução abrupta da mortalidade desses pacientes. Desse modo, a escala de risco de Waterson (1952) passou a ser defasada e não servir como fator prognóstico adequado. A escala de Spitz (1994) guarda semelhanças com a escala de Waterston e já traz as expectativas prognósticas mais recentes, com taxas de sobrevivência mais promissoras.
Área
CIRURGIA PEDIÁTRICA
Instituições
UNICEPLAC - Distrito Federal - Brasil
Autores
Pedro Hidekatsu Melo Esaki , Leandra dos Reis Nunes, Letícia dos Reis Nunes, João Pedro Cavalcante Roriz Teixeira , Vicente Gomes Moreira Neto , Karen Juliana Neres Padilha , Júlio Cesar Lacerda Garcez , Acimar Gonçalves Júnior da Cunha