Dados do Trabalho
TÍTULO
RELATO DE CASO CARCINOMA RENAL SARCOMATOIDE: TUMOR AGRESSIVO E INCOMUM
INTRODUÇÃO
O Carcinoma Renal Sarcomatoide (CRS) faz parte de um grupo raro e com alta malignidade do Carcinoma Renal, que engloba de 5-7% dos casos. Possui características morfológicas e/ou Imunohistoquímicas que evidenciam tanto componentes epiteliais (carcinomatosos) quanto mesenquimais (sarcomatoides), o que os diferenciam do sarcoma renal propriamente dito. São frequentemente estudados devido ao seu fenótipo agressivo, aliado ao diagnóstico tardio e à baixa taxa de sobrevivência dos pacientes por ele acometidos. Além disso, o CRS tem uma baixa resposta à quimioterapia citotóxica, citocinas e outras terapias adjuvantes. Dessa forma, este trabalho objetiva descrever um desses casos, em que foi diagnosticado um CRS.
RELATO DE CASO
O paciente J.J.S de 72 anos, procurou atendimento de saúde com um quadro de hematúria macroscópica por um período de dois meses o qual foi confirmado por um exame de urina tipo 1. Foram realizados também exames como cistoscopia e Antígeno Prostático Específico (PSA) cujos resultados foram normal e <2,5 respectivamente. Além desses exames, foi solicitado uma tomografia de abdome a qual evidenciou a presença de massa tumoral no rim direito, associado a adenomegalias retroperitoniais aorto-cavais. O paciente foi então submetido a uma nefrectomia radical com linfadenectomia retroperitoneal aorto-caval, bem como dos vasos ilíacos ipsilaterais. O exame anatomopatológico evidenciou a presença de carcinoma sarcomatóide pT2 (in situ) pN1 (com comprometimento dos linfonodos regionais). Atualmente, o paciente encontra-se em tratamento oncológico adjuvante.
DISCUSSÃO
Sabe-se que o CRS é uma oncopatologia bastante agressiva, e suas manifestações clínicas se dão, em grande parte, em estágios avançados da doença. Por apresentar-se de tal maneira, seu tratamento deve ser realizado logo após o diagnóstico e, na maioria das situações, recomenda-se a nefrectomia associada a terapia oncológica adjuvante. Entretanto, sua resposta aos tratamentos eventuais não tem se mostrado muito eficiente, conferindo, em média, uma sobrevida que varia de 6 meses a 5 anos. Sendo assim, devido à baixa incidência dessa doença entre os tipos de câncer renal e em virtude da baixa resposta aos tratamentos hoje disponibilizados, nota-se a relevância deste caso.
Área
UROLOGIA
Instituições
Centro Universitário FAG/ CEONC - Paraná - Brasil
Autores
Cláudia Fernanda Camini, Henrique Augusto Spies Adamy, Marcelino Paiva Martins, Rene Augusto Weirich, Silvia Casanova Baldissera, Flávio Luise Bressan