Dados do Trabalho


TÍTULO

OS DESAFIOS ENCONTRADOS NO TRATAMENTO DO TUMOR DE KLASTSKIN.

OBJETIVO

Os tumores de Klatskin são colangiocarcinomas hilares de origem extra-hepática localizados na bifurcação do ducto biliar comum, que representam 2% dos tumores malignos. Essa neoplasia acomete geralmente pacientes na sexta década de vida, com predomínio no sexo masculino. Embora esta patologia apresente um crescimento lento, a morte devido à insuficiência hepática progressiva ocorre rapidamente se não ocorrer uma descompressão biliar. Dessa forma, sua apresentação clínica predominante se dá através da icterícia obstrutiva progressiva. Assim, o objetivo desse trabalho é fazer uma revisão da literatura sobre diagnóstico e tratamento do Tumor de Klatskin.

MÉTODO

Com o propósito de se alcançar o objetivo deste estudo, foi realizado uma revisão sistemática de literatura e uma análise rigorosa de livros e artigos científicos das bases de dados Pubmed, Scielo e Lilacs, utilizando as palavras chaves: Tumor de Klatskin; Colangiocarcinoma e Tratamento.

RESULTADOS

O diagnóstico do tumor de Klatskin pode ser auxiliado através de exames iniciais que avaliam o perfil hepático e por métodos de imagem como USG abdominal, Tomografia Computadorizada e Colangiorressonância Magnética. Entretanto, tais exames apesar de serem úteis para a confirmação da hipótese não satisfazem a acurácia para a decisão sobre irressecabilidade, sendo este feito apenas durante o inventário da cavidade. A maioria dos pacientes não tratados possui uma sobrevida de, aproximadamente, 5-8 meses, enquanto que aqueles submetidos à ressecção cirúrgica têm sua sobrevida aumentada para 10% a 40%, em 5 anos após a cirurgia. Diante disso, a ressecção cirúrgica completa do tumor com margens histológicas negativas ainda é o tratamento mais eficaz para essa neoplasia maligna, porém, depende das condições clínicas do paciente e da classificação de Bismuth-Corlette (Tipo I, II, III e IV). Vale ressaltar que a maioria dos diagnósticos são realizados em estágios avançados envolvendo estruturas adjacentes, tornando-se, assim, irressecáveis. Diante disso, atualmente, a maioria dos tratamentos são paliativos, consistindo em quimioterapia, radioterapia e derivação biliodigestiva que compreende a desobstrução da via biliar com stent ou bypass cirúrgico, conforme possibilidade, aliviando o quadro ictérico e melhorando a qualidade de vida.

CONCLUSÕES

A neoplasia da via biliar é de difícil manejo e tem péssimo prognóstico, deve ser suspeitada sempre que ocorrer uma situação de icterícia obstrutiva particularmente no paciente idoso, associando uma sublime anamnese à exames complementares para conclusão da hipótese diagnóstica. Além disso, o tratamento cirúrgico é complexo e desafiador com alto índice de morbidade e mortalidade. Dessa maneira, a partir da análise deve-se escolher o melhor tratamento, visto que em casos tardios os procedimentos paliativos é a melhor escolha, mesmo que o melhor resultado prognóstico seja proveniente da ressecção.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

Universidade Católica de Brasília - Distrito Federal - Brasil

Autores

Karolayne Coelho Navarro, Káritta Horrana de Jesus Figueiredo, Izabela Fernanda da Silva, Kássia Rejane Oliveira Bueno, Paula França Faria Martins, Ariany Costa Souza, Arivaldo Bizanha