Dados do Trabalho
TÍTULO
MORTALIDADE EM PACIENTES SUBMETIDOS A AMPUTAÇAO DE MEMBROS INFERIORES
OBJETIVO
Analisar a produção científica acerca da mortalidade de pacientes após amputação.
MÉTODO
Trata-se de uma revisão integrativa. Buscaram-se artigos nas bases de dados LILACS, MEDLINE, SCIELO e PUBMED nos idiomas português, inglês e espanhol, nos últimos cinco anos. Foram selecionados oito estudos para integrar a revisão, considerando as áreas temáticas de ciência da saúde com limite em estudos em humanos.
RESULTADOS
A taxa de mortalidade após amputação divergiu entre as publicações: nos primeiros 30 dias de pós-operatório, variaram entre 9 e 22%; aumentando para 29 a 44% em um ano e para 63 a 85% em cinco anos. Em relação à sobrevida após cirurgia, uma das publicações ressaltou que é menor em mulheres, apesar da mortalidade ser maior no sexo masculino. Além disso, foi constatado que a sobrevida é, em média, de 50 meses; sendo, em maiores de 85 anos, cerca de 8 meses. Os fatores de risco significativamente relacionados aos óbitos após amputação foram: diabetes Mellitus (DM), maiores de 70 anos, nefropatas, infarto agudo do miocárdio pós-operatório, pneumonia e sepse pós-operatória, doença pulmonar obstrutiva crônica. As intervenções vasculares prévias não aumentaram sobrevida e elevaram o risco de óbito desses pacientes. Amputações transfemorais, hipoalbuminemia, uso de esteroides pré-operatório e DM aumentaram o risco de morte em 30 dias, sendo trombocitopenia e choque séptico fatores independentes neste período. Em contrapartida, conclui-se que a raça negra, tabagismo e status funcional total ou parcialmente independente são fatores protetores para mortalidade após amputação. Ao comparar o período entre a realização da amputação e a morte, observa-se as transfemorais com o menor intervalo, correspondendo cerca de sete meses, enquanto as transtibiais ocorre em 13,6 meses. O risco de morte em um ano nos portadores de doença cerebrovascular é 2,5 vezes maior do que nos que não a possuem. Já nos nefropatas, o risco é 3,5 vezes mais elevado em um ano e aumenta para 5,3 vezes em cinco anos.
CONCLUSÕES
Conclui-se que a mortalidade após amputação aumenta progressivamente com os anos, ocorrendo em faixas etárias mais avançadas, predominando no sexo masculino e sendo maior nas amputações mais extensas. Dentre os fatores de risco, todos os trabalhos ressaltaram a relevância da associação com doença renal, doença cerebrovascular, sepse pós-operatória. Já as chances de óbito foram maiores nos pacientes com intervenções vasculares prévias.
Área
CIRURGIA VASCULAR
Instituições
Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba - Paraíba - Brasil
Autores
Gisélia Bezerra Cavalcanti, Andrezza Díaz Araruna, Lara Almeida Ferreira, Onélia Rocha Queiroga, Taisa Gonçalves Farias, Vitor Arrais Monteiro