Dados do Trabalho
TÍTULO
FATORES DE RISCO PARA A OCORRENCIA DE CRISE AGUDA DE ARTRITE GOTOSA NO POS-OPERATORIO DE BYPASS GASTRICO NO TRATAMENTO DA OBESIDADE
OBJETIVO
A obesidade está fortemente associada ao risco de gota no incidente. A associação com o risco de ataques recorrentes de gota (RGA) e bypass gástrico tem sido um paradoxo. Procuramos demonstrar os fatores de risco pré-operatórios de ataques de gota recorrentes em pacientes após a cirurgia de bypass gástrico.
MÉTODO
Usando uma análise de regressão multivariada, testamos o efeito de um multifator no período pré-operatório na RGA em pacientes, após a cirurgia de bypass gástrico. Nós também estimamos o efeito total da mudança do índice de massa corporal (IMC) da linha de base entre a gota incidente em 621 pacientes do sexo masculino com gota primária. A área de gordura visceral (AGV) foi medida usando o método de bioimpedância elétrica (BIA), e uma AGV> 100 cm2 foi definida como obesidade da gordura visceral (VFO). As frequências da síndrome metabólica e parâmetros relacionados também foram investigadas.
RESULTADOS
Ataque prévio por gota, circunferência da cintura, massa gorda total, uso oral pós-operatório de sucralfato, triglicerídeos séricos, ácido úrico sérico e níveis séricos de glicose foram significativamente maiores em pacientes com ataques de gota recorrentes após bypass gástrico. Houve correlações positivas entre AGV e níveis séricos de triglicérides, ácido úrico sérico e níveis séricos de glicose. A análise de regressão multivariada revelou que a taxa de perda de peso no período pós-operatório é um fator de risco independente para a RGA (odds ratio 2.488, intervalo de confiança de 95% 1.041-4.435). Nas análises de grupo (pacientes com ataque de gota, n = 217; pacientes com ataque não gout, n = 403), VFA (98,7 ± 19,3 vs. 91,0 ± 16,7, P = 0,016) e a freqüência de VFO (47,4 vs. 27,3%, P = 0,017) permaneceu significativamente maior em pacientes com ataque de gota. Não houve diferença nem no IMC nem na massa gorda total entre os pacientes. A prevalência de síndrome metabólica em pacientes com ataque de gota foi de 77,4% (168/217), em comparação com 17,4% (71/403) no subgrupo de pacientes com ataque não-gota
CONCLUSÕES
O paradoxo da obesidade para o risco de RGA no tempo de pós-operatório em pacientes com bypass gástrico foi explicado por alguns fatores do período pré-operatório. Em nossa série, a variável mais importante analisada foi a rapidez com que a taxa de perda de peso ocorre no pós-operatório. Da mesma forma, a prevalência de síndrome metabólica (especialmente triglicérides séricos, ácido úrico sérico e níveis séricos de glicose), circunferência da cintura, ataque prévio de gota e uso oral de sucralfato no pós-operatório foram as variáveis de risco para RGA na cirurgia pós-bypass gástrico
Área
CIRURGIA DA OBESIDADE - METABÓLICA
Instituições
Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás - Goiás - Brasil
Autores
Leonardo Emilio Da Silva, Claudemiro Quireze Jr., Naiza Murielly Pereira Borges, Geraldo Santana Xavier Nunes Neto, Nadya Alves Sousa Guimarães, ANDRESSA MARIANE BORBA Lima, ENY KARLA NASCIMENTO SANTOS, Marianna Lino Alcântara