Dados do Trabalho
TÍTULO
ATUALIZAÇÃO AMPLA EM NEOPLASIA DE VESÍCULA BILIAR: RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO
A neoplasia de vesícula biliar é uma doença relativamente rara, apesar de ser o tumor mais frequente do trato biliar e o quinto mais frequente do trato gastrointestinal. A sua maior incidência e em mulheres acima dos 65 anos. Entre os tipos de neoplasias de vesícula o adenocarcinoma de vesícula biliar é uma das neoplasias mais agressivas. Possui evolução silenciosa e, normalmente, só apresenta sintomas quando já se encontra em estágios avançados, configurando um prognóstico ruim na maioria dos casos. O diagnóstico pode ser feito por exames de imagem, mas a confirmação é realizada pelo exame anatomopatológico da peça extirpada. Alguns marcadores tumorais podem auxiliar no seguimento e prognóstico. A ressecção cirúrgica radical com margens livres é o único tratamento curativo, sobretudo em etapas iniciais, já que muitas vezes essa enfermidade se apresenta como um achado em uma colecistectomia por colelitíase.
RELATO DE CASO
SPA, 52 anos, feminino, chega ao pronto atendimento do sistema público de Brasília queixando-se de dor em hipocôndrio direito não irradiada para outras áreas e epigastralgia com quadro dispéptico, referia náuseas e vômitos, negava sinais de colestase e febre. Aos exames laboratoriais: ausência de leucocitose, bilirrubinas totais normais, FAL e GGT aumentados. E assistida sintomaticamente por não apresentar nenhuma alteração que torne seu quadro de urgência. Retornou ao pronto atendimento por diversas durante 2 meses e realizou os seguintes exames de imagem: ultrassom de abdome total apresentando vesícula biliar tópica, de paredes espessadas e irregulares, com cálculos no seu interior medindo 5 mm de diâmetro médio; colangiorreessônancia evidenciando vesícula biliar com forma e dimensões normais, com evidencias de micro cálculos no seu interior. Com o resultado dos exames e quadro clinico insidioso foi indicado a realização da colecistectomia. Na cirurgia evidenciou vesícula biliar trófica, pouco túrgida, bloqueada por epíplon, sem aspecto inflamatório agudo. Palpado vários cálculos em corpo de vesícula e em cístico. Ao anatomopatológico da paciente foi evidenciado adenocarcinoma bem diferenciado, infiltrativo. Com nível de extensão microscópica invasiva até o tecido conectivo subseroso, ao estadiamento patológico: pT2, pNx, pMx. Paciente evolui estável no pós-operatório recebendo alta no 1º DPO com orientações clinicas e retorno ao ambulatório de cirurgia.
DISCUSSÃO
Os tumores malignos da via biliar representam um desafio tanto para o diagnóstico precoce quanto para o tratamento em estágios avançados. O diagnóstico definitivo atualmente se baseia no anatomopatológico. Entretanto tem-se percebido um desenvolvimento cada vez maior no que se refere as técnicas de diagnóstico, no entanto essa detecção precoce ainda é difícil e extremamente limitada. O tratamento é cirúrgico na tentativa de ressecção total da área comprometida atualmente existem poucas técnicas para melhorar o prognostico do paciente.
Área
VIAS BILIARES E PÂNCREAS
Instituições
Uniceplac - Distrito Federal - Brasil
Autores
Carolline Damas de Andrade Oliveira, Gabriella Fernandes Trindade, Silas Fernandes Cunha Junior , Ellen Cristine Pacheco Ramos , João Paulo Santos Tenório, Vitor Vinicius Queiroz de Sousa , Karolline Evangelista Souza, Natascha Mourão Moreira