Dados do Trabalho


TÍTULO

TECNICAS DE RECONSTRUÇAO MAMARIA UTILIZADAS NO TRATAMENTO DO CANCER DE MAMA: REVISAO DE LITERATURA

OBJETIVO

Realizar uma revisão de literatura acerca das técnicas de reconstrução mamária utilizadas após mastectomia unilateral ou bilateral, abordando suas indicações e contraindicações, assim como, os impactos gerais causados na qualidade de vida da mulher.

MÉTODO

Em março de 2019, foi feito um levantamento bibliográfico acerca do tema. Foram incluídos artigos publicados entre os anos de 2016 e 2019, indexados nas bases de dados UPTODATE, MEDLINE e SCIELO, em português e inglês, utilizando os descritores “reconstrução da mama”, “câncer de mama” e “mastectomy”. A amostra final foi constituída por 8 artigos.

RESULTADOS

No Brasil, segundo o último relatório do Instituto Nacional do Câncer, estimou-se que em 2018 haveria 59.700 novos casos de câncer de mama no país. A perda da mama em decorrência do tratamento do câncer afeta negativamente a imagem corporal da mulher, assim como a sua estabilidade emocional, a sua sexualidade e seu convívio social. Por isso, antes de ser realizada a mastectomia unilateral ou bilateral, o oncologista deve disponibilizar o acesso ao cirurgião plástico, a fim de que seja apreciada a melhor técnica de reconstrução mamária para as pacientes, caso a terapia de conservação da mama tenha tido um resultado estético menor do que o ideal. Isso confere à paciente um melhor bem-estar. Atualmente, há a possibilidade de reconstrução imediata com implante de silicone após a mastectomia sem necessidade de um estágio prévio de expansão, mas deve-se levar em consideração a forma, o tamanho e a localização da retirada do tecido, assim como, a programação do tratamento oncológico. Paciente que irá ser submetida à radioterapia, o implante imediato não é indicado, pois aumenta o risco de infecção, problemas cicatriciais, contratura capsular e extrusão do implante, alterando, ainda, o resultado estético final da mama reconstruída. E, muitas vezes, só após o estudo histopatológico da peça cirúrgica é que se confirma a necessidade. Por isso, indica-se a realização de reconstrução tardia ou a reconstrução imediata retardada, a qual utiliza um expansor tecidual temporário que não provoca prejuízos para o tratamento radioterápico e/ou quimioterápico.

CONCLUSÕES

Pacientes que desejam realizar a reconstrução mamária, após a mastectomia, têm a apresentação dos tipos de técnicas que poderão ser adotadas e dos critérios para determinação do momento cirúrgico ideal. A reconstrução imediata alcança resultados surpreendentes, tanto com o uso de implantes de silicone, quanto com a utilização de tecido autólogo. O uso de tecido autólogo confere uma aparência e consistência mais natural, sendo a área do abdome a região doadora mais frequente, embora o retalho pediculado do músculo grande dorsal também possa ser utilizado. A reconstrução imediata retardada é feita através do uso de expansor, o qual é preenchido periodicamente com soro fisiológico até a mama adquirir o volume necessário e seguro para a aplicação definitiva da prótese de silicone.

Área

CIRURGIA PLÁSTICA (Inclusive neoplasias malignas de pele)

Instituições

FAMENE - Paraíba - Brasil

Autores

Mariane Costa Dias Lins, Lorenna Torres Andrade da Nóbrega, Charlene Glaucia Nunes de Almeida, Ana Raquel Casimiro Dantas de Oliveira, Victor Augusto de Lima Cabral, Maria Carolina Sarmento de Matos, Arthur Guilherme Dantas de Araújo, Anderson de Azevedo Damasio