TÍTULO

SERIE DE CASOS: PACIENTES SUBMETIDAS A CIRURGIA MAMARIA COM RETALHO DO MUSCULO GRANDE DORSAL

OBJETIVO

Conhecer a epidemiologia dos casos de tumores de mama que utilizaram retalho de músculo grande dorsal em cirurgias de hospital de referência do nordeste do país.

MÉTODO

Estudo clínico retrospectivo utilizando dados de prontuário de 5 pacientes operadas no Hospital do Câncer Aldenora Bello, São Luís – Maranhão, durante o segundo semestre de 2018, entre outubro e dezembro.

RESULTADOS

A idade das 5 pacientes variou de 30 a 60 anos, sendo um caso de grande tumor filoides bordeline recidivado em paciente que desejava reconstrução imediata, um caso de tumor exofítico que progrediu durante quimioterapia neoadjuvante e três casos de extensas recidivas, duas após cirurgias conservadoras e uma após mastectomia. Todas as pacientes utilizaram dreno de sucção no pós-operatório e somente uma apresentou seroma de moderada quantidade após retirada do dreno com duas semanas. Não houve necrose dos retalhos, infecção ou deiscências das feridas operatórias. Os sintomas dolorosos no pós-operatório imediato foram controlados com analgesia comum e anti-inflamatório não hormonal, sem necessitar de medicações psicotrópicas. A paciente que utilizou o retalho miocutâneo para reconstrução com implante também foi submetida a enxerto de complexo areolo-papilar e não apresenta, até o momento, alterações de contratura capsular, em 3 meses de seguimento. A paciente com extensa recidiva após mastectomia e uma das pacientes recidivadas após quadrantectomia já haviam sido irradiadas, mas os retalhos não apresentaram alterações de cicatrização em relação aos demais. A outra paciente submetida a cirurgia conservadora apresentou recidiva precoce e ainda encontrava-se em fila de espera da Radioterapia quando da ocasião da nova cirurgia. Todas as pacientes foram submetidas a linfadenectomia axilar, exceto a paciente com diagnóstico de tumor filoides bordeline. Todas se encontram vivas, sendo que a paciente de 30 anos (recidiva precoce após cirurgia conservadora) apresenta progressão hepática em quimioterapia paliativa.

CONCLUSÕES

O retalho miocutâneo utilizando o músculo grande dorsal é uma alternativa viável e segura nas cirurgias que necessitam de grandes ressecções cutâneas, com ou sem reconstrução imediata.