Dados do Trabalho


TÍTULO

Análise comparativa das complicações intra e pós-operatórias de colecistectomias videolaparoscópicas em relação ao sexo

OBJETIVO

Analisar a incidência das complicações intra e pós-operatórias das colecistectomias videolaparoscópicas em relação ao sexo.

MÉTODO

Estudo do tipo coorte retrospectiva, realizado através de prontuários de um hospital particular de Porto Alegre - Rio Grande do Sul, entre os meses de março de 2017 e março de 2018. Foram selecionados todos pacientes submetidos à colecistectomia videolaparoscópica por doença litiásica, na faixa etária de 18 a 92 anos e risco anestésico I, II ou III de acordo com critérios da Sociedade Americana de Anestesiologistas (ASA). A análise de dados foi processada no programa SPSS versão 20.0, onde foi calculado a incidência do desfecho investigado, sendo avaliado a relação entre os sexos das variáveis categóricas pelo teste de Qui-quadrado ou teste Exato de Fisher e as variáveis quantitativas com distribuição simétrica foram comparadas pelo teste t de Student.

RESULTADOS

O estudo foi composto por 189 pacientes, sendo 65,6% do sexo feminino e 63% com risco anestésico ASA II. Destes 14,3% já havia realizado alguma cirurgia intra-abdominal prévia, sendo de urgência em 62,9% das mulheres e 67,7% dos homens. O tempo médio da cirurgia foi de 110,6 (±35,56) no sexo feminino e 118,51 (±31,235) no sexo masculino. A conversão para cirurgia aberta foi 2,1%, dos quais 4,6% estavam associados ao sexo masculino e 0,8% ao sexo feminino, e deveram-se a dificuldade técnica por presença de inúmeras aderências que dificultaram a visualização do pedículo. Em relação a porcentagem de intercorrências intraoperatórias, foi maior no sexo masculino, com 10,8%. Já complicações e mortalidade pós-operatória foi maior no sexo feminino, com 2,4% e 0,8% respectivamente. Ressaltando que não houve diferença estatística entre os grupos em nenhuma das variáveis estudadas.

CONCLUSÕES

O sexo masculino apresentou maior incidência de complicações intraoperatórias e de conversão para cirurgia aberta, além de maior tempo médio da cirurgia. Em compensação, o sexo feminino apresentou maiores complicações e mortalidade pós-operatória. Assim, sugere-se outros estudos mais robustos, a fim de avaliar a relação do sexo como fator de risco em colecistectomias videolaparoscópicas.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

Hospital Ernesto Dornelles - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Franciele Perondi, João Gabriel Mello Ramos, Kevin Verdin Phillips, Amanda Prestes Valente, Caio Fernando Souza, Leandro Vicente Zoehler, William Foerster Silvano, Marcelo Figueiredo