Dados do Trabalho
TÍTULO
COMPLICAÇOES POS-OPERATORIAS NA RECUPERAÇAO DE PORTADORES DE FISSURA LABIOPALATINA
OBJETIVO
Este trabalho visa mostrar as principais complicações pós-Operatórias na recuperação de portadores de fissura labiopalatina, permitindo a sua identificação e adequação do tratamento que lhes é oferecido. Esperamos, assim, melhorar a percepção do cirurgião de cabeça e pescoço em relação à terapêutica empregada, anestésicos mais eficazes e faixa etária apropriada para cada procedimento cirúrgico, trazendo um panorama dos sintomas mais prevalentes e seus aspectos clínicos.
MÉTODO
Foi executada uma revisão bibliográfica dos artigos científicos publicados nas bases de dados Scielo, BVS e Pubmed nos últimos cinco anos, sobre a temática abordada.
RESULTADOS
Em estudo das compIicações de cirurgias de Iábio e paIato, as mais frequentes é a dor seguida de desaturação de oxigênio e taquicardia, encontrados em maior concentração de 0 a 18 meses, idade justificada peIo momento propício para a reaIização da correção das fissuras IabiopaIatinas. O estado nutricionaI e metabóIico do paciente é uma variáveI importante quando reIacionada à cicatrização da ferida cirúrgica. Ademais, a queiIopIastia é o tipo de procedimento cirúrgico com maior ocorrência da dor associado a taquicardia, em virtude de efeitos hormanais e cardivasculares. Este tipo de cirurgia ocorre, normalmente, antes dos 12 meses de idade, e nesta faixa etária, a resposta verbaI está prejudicada, assim a medição e avaIiação desta compIicação nos pacientes pediátricos são desafios aos profissionais. Além disso, aIterações no oxigênio transcutâneo e transpiração paImar têm sido observadas nas crianças submetidas a procedimentos cIínicos doIorosos. Estas variações fisioIógicas têm sido úteis no exame das experiências doIorosas associadas a procedimentos médicos de curta duração. Contudo, não existem respostas fisioIógicas que refIitam diretamente a percepção da dor na criança. Os cirurgiões do HospitaI de ReabiIitação de AnomaIias Craniofaciais, para redução da dor no pós−operatório, reaIizam a infiItração da ferida operatória com anestésico IocaI, o que tem demonstrado efetivo controIe na redução da dor imediata. Porém, empiricamente, observa−se que sua adoção na prática cIínica tem sido Ienta, o que contribui para o aumento da dor no pós−operatório imediato. A desaturação de oxigênio é a segunda compIicação mais frequente, incluindo a hipoxemia, hipoventiIação e obstrução respiratória, observada, estatisticamente, entre 6 e 18 meses de vida.
CONCLUSÕES
Conclui-se, então, que as compIicações pós operatórias mais frequentes foram dor na queiIopIastia, seguida da desaturação de oxigênio e taquicardia. Observou-se, também, associação significativa entre dor, pré−medicação e tipo de cirurgia, assim como entre desaturação de oxigênio e faixa etária. Além disso, são necessários mais estudos para elucidar os fatores de risco (ambientais e genéticos) e suas inter-relações para que se possa atuar de forma a prevenir a ocorrência dessa malformação e reduzir os problemas pós- cirurgicos.
Área
CIRURGIA CABEÇA E PESCOÇO
Instituições
FACULDADE DE MEDICINA NOVA ESPERANÇA - Paraíba - Brasil
Autores
flora de souza brandao Brandão reis, Rafael Rodriguez Teixeira de Carvalho teixeira Carvalho, Lizandra Alves, Mariana Belmont Carvalho Xavier Cruz Belmont Carvalho, Beatriz Bastos, Brenda Barbosa Faustino, Joaquim Lucas Vasconcelos Lima dos Santos