Dados do Trabalho


TÍTULO

RELATO DE CADO: ADENOCARCINOMA DE APENDICE CECAL

INTRODUÇÃO

O adenocarcinoma do apêndice cecal é uma neoplasia rara, representando cerca de 0,2% a 0,5% de todas as neoplasias gastrointestinais. Mais prevalente no sexo masculino na proporção de 5:2; incindindo principalmente entre a sexta e sétima décadas de vida. Frequentemente manifesta-se como uma apendicite aguda (70% casos), outras vezes cresce insidiosamente até atingir grandes dimensões, manifestando-se como um tumor abdominal de origem desconhecida; podendo invadir estruturas adjacentes como a bexiga, ovários, cólon ou parede abdominal, e simular tumor primário de outro sítio. O diagnóstico pré-operatório do adenocarcinoma de apêndice é difícil devido a inespecificidade dos sinais e sintomas. A ultrassonografia e a tomografia computadorizada de abdome podem auxiliar, visualizando o tumor em topografia apendicular. Tendo como tratamento de escolha hemicolectomia direita e diagnóstico definitivo por meio do anatomopatológico.

RELATO DE CASO

SATS, 72 anos, com história de dor abdominal em cólica há 2 meses, sem perda ponderal ou outros fatores associados. Ao exame físico, massa em fossa ilíaca direita (FID), móvel, indolor a descompressão brusca. Procurou ginecologista que solicitou tomografia de abdome e detectou tumoração em fossa ilíaca direita medindo 8 x 6 cm, encaminhando-a a equipe de cirurgia geral. Submetida a Ileotiflectomia, tendo anatomopatológico com resultado de adenocarcinoma apendicular bem diferenciado com comprometimento de submucosa, margens livres. Demais segmentos sem comprometimento tumoral.

DISCUSSÃO

Os tumores do apêndice cecal são entidades clínicas raras, sendo representados por três tipos histológicos distintos, o benigno (16% casos), o maligno (27% casos) e o carcinóide (57% casos). Dentre os malignos o adenocarcinoma é o mais freqüente e pode ser subdividido em colônico (tipo entérico), mucinoso (cistoadenocarcinoma mucinoso) e linites plástica. Apresenta-se na maioria dos casos como apendicite aguda e em menor frequência como tumoração no quadrante inferior direito, podendo invadir órgão adjacentes, simulando tumor primário de outro sítio. O diagnóstico pré-operatório é difícil devido a inespecificidade dos sinais e sintomas. A ultrassonografia e a tomografia computadorizada de abdome podem auxiliar, visualizando o tumor em topografia apendicular. O tratamento de escolha do adenocarcinoma do apêndice é cirúrgico e quando diagnosticado no exame anatomopatológico de uma apendicectomia devem ser submetidos a uma hemicolectomia direita num segundo tempo, independente do tamanho da lesão.

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

HOSPITAL GERAL DE ITAPEVI - São Paulo - Brasil

Autores

MARILIA LOUREIRO GOIS CAVALCANTE, BRAULIO VICTOR BRANDAO LADEIA, FERNANDO TORRES VASQUES, MOHAMED IBRAHIM ALI TAHA, MARIA FERNANDA BRUM RIBEIRO, RENATO CATARINO PESSOA VIEIRA LIMA