TÍTULO

PERFIL HOSPITALAR BRASILEIRO DE INTERNAÇOES DE IDOSOS POR ULCERA GASTRICA E DUODENAL NOS ULTIMOS 10 ANOS

OBJETIVO

Descrever o perfil de morbidade hospitalar das internações de idosos nos últimos dez anos por úlcera gástrica e duodenal.

MÉTODO

Trata-se de estudo descritivo, em série temporal, a partir de dados obtidos no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIHSUS). Foram coletadas variáveis relativas à internação e à mortalidade de idosos por úlcera gástrica e duodenal referente ao código CID-10 K25 e K26 de pacientes com idade a partir de 60 anos no período compreendido entre 2009 a 2018 no Brasil. Variáveis analisadas: número de internações, valores total e médio por internação, número de óbitos e taxa de mortalidade.

RESULTADOS

No período de 2009 a 2018, foram registradas 49944 internações por úlcera gástrica e duodenal em idosos, que corresponde a 1,8% de internações por doenças do aparelho digestivo em idosos e 0,18% de todas as internações hospitalares de idosos. No ano de 2009, foram registradas 5899 internações, enquanto no ano de 2018, foram registradas 4873 internações, apresentando uma taxa média de decréscimo de 17,3% no decorrer desse período. A faixa etária de 60 a 69 anos concentrou 42,8% de todas as internações ao longo dos dez anos avaliados, tendo maior predomínio dentre as demais faixas etárias. O gasto total com as internações decorrentes de fimose e parafimose no ano de 2009 foi de R$ 4.806.664,78 e no ano de 2018 foi de R$ 7.046.051,3.O gasto médio por internação ao longo dos dez anos foi de R$1095,76 , sendo R$ 814,83 a média de gastos em 2009 e R$ 1445,94 em 2018. A taxa de mortalidade por úlcera gástrica e duodenal se aproxima de 13,2% no decorrer de 2009 a 2018. Com uma taxa de mortalidade 15,92% em 2018 e 9,97% em 2009.

CONCLUSÕES

O presente estudo demonstrou diminuição no número de internações, em contrapartida a um aumento da taxa de mortalidade. Observa-se, também, uma tendência de acréscimo no número de gastos decorrentes de internações juntamente ao decréscimo do número de pacientes internados que receberam tratamento, o que indica uma negativa utilização dos recursos disponíveis no sistema de saúde público.