TÍTULO

EXTROFIA DE BEXIGA COM DISSOCIAÇAO PELVICA SECUNDARIA: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

A dissociação pélvica secundária, é comum em pacientes portadores de extrofia de bexiga, e no século passado, foi muito utilizado o procedimento cirúrgico de osteostomia pélvica. Já hodiernamente, após correção da extrofia de bexiga, a disfunção pélvica pode ser tratada apenas com acompanhamento, haja vista que, em muitos casos, permite uma vida normal, sem limitações e desconfortos experienciados pelo paciente.

RELATO DE CASO

Paciente do sexo feminino, 14 anos, parda, apresentou-se para avaliação ambulatorial com queixa de dor lombar intensa e suspeita de litíase renal. A análise da radiografia da bacia confirmou a suspeita de litíase e evidenciou possível luxação da sínfise púbica, e, então, foi encaminhada ao serviço ortopédico.
Tratava-se de paciente com histórico de extrofia na bexiga tratada, na infância, cirurgicamente por urologista. No serviço de cirurgia de quadril, a análise radiográfica evidenciou a deformidade na sínfise púbica, mas constatou-se que se tratava de uma dissociação pélvica secundária, que é normal em um paciente com histórico de extrofia na bexiga, descartando o diagnóstico de luxação da sínfise púbica.
A paciente relata que não apresentou nenhuma complicação ou restrição durante a infância, queixando-se apenas de dor lombar e de poliúria decorrentes da litíase renal. A constatação da deformidade pélvica foi acidental.

DISCUSSÃO

Pode-se perceber a partir desse caso que a extrofia de bexiga encaminhou para dissociação pélvica secundária, no qual o exame radiográfico fez-se imprescindível nesse contexto, sendo o método padrão-ouro para elucidação diagnóstica.A partir deste consegue-se dá seguimento à terapêutica e avaliar o prognóstico real da patologia. Após a cirurgia, a paciente apresentou boa recuperação, permitindo seguir uma vida normal, sem limitações.