Dados do Trabalho


TÍTULO

ESTERNOTOMIA E LAPAROTOMIA BEM SUCEDIDA DE EMERGÊNCIA EM PACIENTE COM MÚLTIPLAS LESÕES POR ARMA DE FOGO: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

O trauma torácico é frequente em pacientes traumatizados, sendo necessário rápida avaliação e conduta, visto que, ameaça a vida quando não identificado ou tratado corretamente. A toracotomia de emergência tem como objetivo de ter rápido acesso ao coração e aos principais vasos torácicos, buscando o controle direto de hemorragias intratorácicas que ponham a vida em risco.

RELATO DE CASO

S.Y.S.C., 18 anos, masculino. Procurou atendimento no HPS de Canoas após ferimento por arma de fogo em tórax anterior, punho esquerdo e coxa direita. Na chegada paciente apresentava-se instável, com quadro de choque hipovolêmico, sendo necessário politransfusao de hemoderivados . Foi realizado então esternotomia e laparotomia supraumbilical mediana no bloco cirurgico, onde foi realizado a drenagem do hemopericardio e evidenciado lesão perfurante em ventrículo direito, a qual foi rafiada. Em cavidade abdominal, lesão hepática puntiforme sem sangramento ativo. Por fim, colocação de dreno de tórax bilateral, subfrênico e de mediastino. Após 7 dias de internação, paciente apresentou bacteremia, sendo escalonado antibioticoterapia impiricamente e realizada TC de tórax evidenciando volumoso pneumotórax à direita e achados compatíveis com fistula broncopleural. Após fibrobroncoscopia e pleuroscopia para decorticação paciente apresentou boa evolução do quadro, recebendo alta .

DISCUSSÃO

A toracotomia de emergência está associada à maior chance de óbito, independente de outros fatores, devido à gravidade dos ferimentos. Tratando-se de um procedimento discutível na literatura, especialmente pela baixa sobrevida associada. Segundo Breigeiron em 2015 as toracotomias realizadas na sala de emergência do Hospital Pronto Socorro de Porto Alegre entre 2004 e 2013 encontraram uma taxa de sobrevida de 4,7%, sendo 1,4% de ferimento por arma de fogo. Wendling em 2017 afirmou que vítimas de trauma tem o número anual de mortes excedendo 5.800.000 ao redor do mundo. Por fim, o trauma torácico tem alta prevalência e taxa de mortalidade, sendo necessário estar realmente indicado tal procedimento e ter cirurgiões preparados com a técnica adequada para que o desfecho seja o ideal.

Área

TRAUMA

Instituições

ULBRA - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

LAURA DE ROSS ROSSI, MARIANE MENEGAT MADRUGA, MONICA DE CAMPOS RODRIGUES, MARINA MAGAGNIN NASPOLINI, ROGÉRIO FETT SCHNEIDER, BÁRBARA MOLON ANDREAZZA, CAMILA BAUER ALBARRÁN