Dados do Trabalho


TÍTULO

PERFIL CLINICO E ECOCARDIOGRAFICO DOS PACIENTES COM PROLAPSO DE VALVA MITRAL SUBMETIDOS A VALVOPLASTIA MITRAL E SUA CORRELAÇAO COM A MORBI- MORTALIDADE POS- CIRURGICA EM HOSPITAL DO DISTRITO FEDERAL

OBJETIVO

Estudos atuais têm avaliado preditores relacionados a um melhor prognóstico após a terapêutica cirúrgica para correção do prolapso de valva mitral (PVM). Esses mesmos estudos defendem que a valvoplastia mitral (VM)é um procedimento mais vantajoso quando comparado à troca valvar. No entanto, ainda são necessários estudos que abranjam critérios clínicos e ecocardiográficos que possam predizer o sucesso da plastia para correção do PVM. Este estudo objetiva descrever esses critérios e correlaciona-los com a morbi- mortalidade no pós operatório.

MÉTODO

Este estudo se propôs a avaliar retrospectivamente todos os pacientes submetidos a VM para correção de PVM em um hospital do Distrito Federal no período de 2015 a 2017. Foram selecionados pacientes apenas com diagnóstico de PVM ao ecocardiograma. Chegou- se a um total de 39 pacientes.
Os dados para avaliação foram obtidos dos prontuários, sendo mantido o sigilo e a não identificação dos pacientes. Foram obtidos dados relativos a características pré, intra e pós operatórias, incluindo informações clínicas e ecocardiográficas.

RESULTADOS

Em relação à faixa etária, dos 39 pacientes analisados, 12 possuíam mais de 60 anos, 14 pacientes possuíam entre 40 a 60 anos e 13 pacientes tinham menos que 40 anos. Não houve predileção de sexo no estudo (21 homens e 18 mulheres).
A maioria dos pacientes apresentava um baixo grau de insuficiência cardíaca, classificados pela New York Heart Association. Do total, 18 estavam na classificação II, seguida de 8 pacientes na classificação III, 7 pacientes na classificação I e apenas dois pacientes na IV. Não foi encontrada a classificação de 4 pacientes. Levando em conta as comorbidades dos pacientes, tem-se que, 3 possuíam fibrilação atrial (FA), 19 eram portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica, 3 de Diabetes mellitus e 8 de dislipidemia.
O ecocardiograma pós- operatório mostrou um bom resultado da VM em 85% dos casos. Em nenhum caso houve a necessidade de reoperação para troca valvar ou por sangramento e houve apenas 1 óbito após o procedimento cirúrgico, considerando 30 dias pós operatório. Apenas 4 pacientes evoluíram com FA após a VM. Nenhum dos pacientes evoluiu com acidente vascular cerebral ou insuficiência renal aguda.

CONCLUSÕES

A pesquisa conclui que o perfil dos pacientes que foram submetidos à VM foi de pacientes com idade inferior a 60 anos, com menos comorbidades e com graus mais leves de insuficiência cardíaca. No pós – operatório, houve um número escasso de pacientes que evoluíram com comorbidades ou complicações e, nesse estudo, nenhuma necessidade de reoperação. Faz-se então, uma associação entre os dados aqui apresentados e justifica- se o sucesso da VM a partir dos dados clínicos expostos.
Ainda são necessários mais estudos e um maior número de pacientes para se chegar a resultados conclusivos e também uma comparação entre os pacientes que passaram por outras terapias cirúrgicas, como a cirurgia de troca valvar.

Área

EXPERIMENTAL / PESQUISA BÁSICA

Instituições

Instituto de Cardiologia do Distrito Federal - Distrito Federal - Brasil

Autores

Ekaterine Apostolos Dagios, Juliana Terra Ribeiro, Fernando Antibas Atik