Dados do Trabalho


TÍTULO

RELATO DE TRATAMENTO DE HEMANGIOMA HEPATICO CAVERNOSO COM HEPATECTOMIA LAPAROSCOPICA ASSOCIADA AO USO DO DISSECTOR ULTRASSONICO, DEMONSTRANDO A MELHOR RECUPERAÇAO POS OPERATORIA DO PACIENTE CIRURGICO.E

INTRODUÇÃO

A primeira hepatectomia laparoscópica foi relatada por Reich, em 1991. Apresentando menor duração, menor hospitalização, menor incidência de complicações, menor taxa de recorrência local, índices mínimos de morbidade, e ausência de complicações como hemorragia ou embolia gasosa. A maior parte das conversões para procedimento aberto, cerca de 70%, se dá pelo sangramento intra-operatório. Aparelhos, como Dissector Ultrassônico (SONOCA), bisturi harmônico, pinça bipolar e radiofreqüência, são atualmente disponíveis. O Hemangioma hepático é o tumor benigno primário mais comum do fígado, o diagnóstico frequentemente é incidental, determinando o diagnóstico diferencial com tumores benignos e principalmente malignos, representados pelas metástases e o carcinoma hepatocelular . A maioria dos hemangiomas com tamanho inferior a 4cm é assintomática. As indicações para o tratamento cirúrgico baseiam-se no tamanho maior de 4cm , nos sintomas clínicos, na incerteza diagnóstica e na velocidade de crescimento. Neste trabalho, mostramos o caso de uma paciente com hemangioma hepático, bem como a escolha da técnica laparoscópica foi a melhor opção de tratamento, levando a uma evolução satisfatória.

RELATO DE CASO

Paciente E.C.S.S, 39 anos, feminino, nega HAS e DM, relata retirada de nódulo mamário, e mioma uterino, e faz acompanhamento de nódulo tireoidiano. Retirou DIU há dois anos, está em menopausa, e nega uso de medicações. Fez um USG abdominal de rotina, evidenciando um nódulo hepático de etiologia à esclarecer. Foi iniciado investigação, dosado CEA (1,28), CA19-9 (<2), Alfa-fetoproteina (4,13), e sorologias hepáticas, sendo todos os exames dentro da normalidade. A Ressonancia Magnética de abdome superior evidenciou quatro nódulos hepáticos compatíveis com hemangiomas, nos segmentos IV (5,6 cm), VII (2,8 e 1,2 cm), VI (2cm). Devido à localização da lesão, sua benignidade, e aumento progressivo de tamanho, foi decidido pelo tratamento cirúrgico, com proposta de ressecção das lesões. Realizada então, hepatectomia parcial laparoscópica, com ressecção do segmento IV e V juntamente com colecistectomia. O Dissector Ultrassonico (SONOCA), foi utilizado, a hemostasia feita com pinça Kaiman, e usado cola e adesio no final. Não houve intercorrências, sangramento de 50 ml durante a cirurgia, e a retirada da lesão se deu por incisão de pfannestiel. Encaminhada para UCO no POI, no 2º PO para enfermaria, e teve alta hospitalar no 4º PO com sintomaticos, com bom seguimento ambulatorial.

DISCUSSÃO

O desenvolvimento de novos instrumentais e a melhoria das técnicas possibilitaram a realização de ressecções hepáticas com maior segurança. O uso da laparoscopia associada ao dissector ultrassonico e o kaiman, resultaram em claros benefícios para a paciente, o que foi evidenciado no caso relatado, mostrando que é uma abordagem cirúrgica segura,e é um procedimento viável e considerado padrão-ouro, com melhor recuperação, e que pode ser aplicada cada vez mais em pacientes com lesões hepáticas.

Área

FÍGADO

Instituições

HOSPITAL METROPOLITANO DE VARZEA GRANDE - Mato Grosso - Brasil

Autores

PAULA OLIVEIRA LUCIALDO LANDIM, MICHELLI DALTRO COELHO RIDOLFI, KLERIENE VILELA GOMES SOUZA, DOUGLAS AUGUSTO DE OLIVEIRA GOMES, EDUARDO RAMON DA CRUZ, RUI CARLOS SILVA JUNIOR, LARISSA LARA GALVÃO DE MORAES, PEDRO GOMES COELHO