Dados do Trabalho


TÍTULO

PERFIL HOSPITALAR BRASILEIRO DE INTERNAÇOES PEDIATRICAS POR FIMOSE E PARAFIMOSE NOS ULTIMOS 10 ANOS

OBJETIVO

Descrever o perfil de morbidade hospitalar das internações pediátricas nos últimos dez anos por fimose (impossibilidade de retração do prepúcio para trás do sulco da glande) e parafimose (prepúcio retraído ocasionando o estrangulamento da glande).

MÉTODO

Trata-se de estudo descritivo, em série temporal, a partir de dados obtidos no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIHSUS). Foram coletadas variáveis relativas à internação e à mortalidade de crianças por fimose e parafimose referente ao código CID-10 N47 de pacientes do sexo masculino com idade até 19 anos no período compreendido entre 2008 a 2017 no Brasil. Variáveis analisadas: número de internações, valores total e médio por internação, número de óbitos e taxa de mortalidade.

RESULTADOS

No período de 2008 a 2017, foram registradas 338.789 internações por fimose e parafimose, que corresponde a 89,69% de internações por doenças do aparelho genitourinário masculino e 1,23% de todas as internações hospitalares na pediatria. No ano de 2008, foram registradas 27.226 internações, enquanto no ano de 2017, foram registradas 39.071 internações, apresentando uma taxa média de acréscimo de 43,5% no decorrer desse período. A faixa etária de 5 a 9 anos concentrou 36% de todas as internações ao longo dos dez anos avaliados, tendo maior predomínio dentre as demais faixas etárias. O gasto total com as internações decorrentes de fimose e parafimose no ano de 2008 foi de R$2.918.934,04 e no ano de 2017 foi de R$10.170.041,37. O gasto médio por internação ao longo dos dez anos foi de R$231,38, sendo R$107,21 a média de gastos em 2008 e R$260,30 em 2017. A taxa de mortalidade por fimose e parafimose se aproxima de 0% no decorrer de 2008 a 2017, sendo registrados 6 óbitos no total ao longo dos dez anos pesquisados.

CONCLUSÕES

O presente estudo demonstrou aumento no número de internações e pouca ou imperceptível variação na taxa de mortalidade por fimose e parafimose em crianças. Observa-se, também, uma tendência de acréscimo no número de gastos decorrentes de internações juntamente ao acréscimo do número de pacientes internados que receberam tratamento, o que indica uma positiva utilização dos recursos disponíveis no sistema de saúde público.

Área

CIRURGIA PEDIÁTRICA

Instituições

Universidade Católica de Brasília - Distrito Federal - Brasil

Autores

José Donato de Sousa Netto, Isabela Veloso Santiago de Oliveira, Lucas Caetano Melo, Marcela Regino Carvalho, Beatriz Canovas Feijó Oliveira, Amanda Gogola Ferreira, Mariana Mendes Pacheco de Freitas