Dados do Trabalho


TÍTULO

ESFINCTEROPLASTIA EM PACIENTE VITIMA DE TRAUMA AUTOMOBILISTICO

INTRODUÇÃO

Lesões traumáticas no esfíncter anal podem ter consequências importantes como dor e incontinência fecal grave, sendo o trauma automobilístico uma causa rara nas lesões esfincterianas. Por isso, este trabalho tem como objetivo relatar um caso de trauma anorretal com esfincteroplastia e correlacioná-lo com a literatura médica, tendo sido usado como tipo de estudo o relato de caso. Como material de estudo, o método foi a revisão de literatura médica.

RELATO DE CASO

Paciente, sexo masculino, 18 anos de idade, vítima de acidente automobilístico com trauma perfuro-contuso em região perineal, resultando em lesão de musculatura pararretal à esquerda, além de gás em canal medular. Sem demais alterações em cavidade abdominal.
Realizada retossigmoidoscopia intraoperatória, não evidenciando lesão de mucosa retal. Achados cirúrgicos: ferimento contuso perineal tunelizante póstero-lateral esquerdo com laceração do esfíncter anal externo e do músculo elevador do ânus, além de perda de tecido adiposo e muscular da região perineal. Conduta cirúrgica: Aproximação de bordos seccionados do músculo elevador do ânus e esfincteroplastia por do esfíncter anal externo. Evolução favorável no pós-operatório tardio com retossigmoidoscopia normal.

DISCUSSÃO

O conhecimento da anatomia anorretal pelo cirurgião do trauma é importante para a resolução imediata destes casos. Após o atendimento inicial do trauma, deve ser indicado o reparo primário com menos de 6 horas. Diversos autores consideram a possibilidade, em lesão extensa que acometa todo o esfíncter anal, a realização de colostomia derivativa e reparo imediato da lesão, e nas lesões parciais o tratamento mais simples, apenas com cuidados locais. O não reparo imediato dos esfíncteres pode levar ao aumento de complicações futuras como a incontinência fecal. A confecção da colostomia deve ser reservada para casos selecionados. O tempo da entrada no pronto-socorro, abordagem inicial do trauma, com terapêutica cirúrgica foram essenciais para a recuperação favorável. Quando possível o reparo primário deve ser realizado sem a necessidade de colostomia, gerando menor comorbidade para o paciente com bons resultados. Dessa forma, o trauma anorretal associado com lesão esfincteriana deve ser de resolução cirúrgica imediata para uma boa evolução sem a necessidade de derivação intestinal.

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - Distrito Federal - Brasil

Autores

Karina Mayara Miranda Estrela de Andrade, Áurea Mota Santana, Rodrigo Adriano De Felippes, Douglas Matheus Correia Silveira, Carla Taisi Aragão Bronzoni