Dados do Trabalho
TÍTULO
TRATAMENTO ENDOSCOPICO VERSUS CIRURGICO PARA CANCER GASTRICO PRECOCE: UMA REVISAO DE LITERATURA
OBJETIVO
Realizar uma revisão da literatura disponível com o intuito de determinar qual a opção mais adequada para o tratamento do câncer gástrico precoce, comparando tratamento endoscópico e cirúrgico. Foram levados em conta critérios clínicos do paciente, bem como a avaliação de recidiva do tumor e a sobrevida, além de complicações dos procedimentos.
MÉTODO
Procedeu-se a revisão da literatura disponível no período entre 2014 e 2019 com coleta de dados por meio de pesquisa eletrônica nas bases de dados SCIELO, PUBMED, LILACS e Cochrane. Os descritores em Ciências da Saúde foram: “endoscopy”, “surgery” e “gastric cancer”. Foram selecionados 7 artigos, sendo 6 destes de coorte retrospectivo e 1 deles de revisão.
RESULTADOS
A abordagem de tratamento para o câncer gástrico precoce, comparando a ressecção cirúrgica (RC) e endoscópica (RE), teve algumas diferenças no que diz respeito à recorrência, a complicações a curto e a longo prazo e em uma literatura sobre sobrevida global em 3-5 anos. Segundo Yamashina, em 2014, os paciente submetidos à ressecção endoscópica tiveram maior sobrevida global em 3-5 anos (85,7% vs 81,8%) do que a RC. Em contrapartida, os outros autores, não encontraram relevância significativa entre os dois grupos. A taxa de recorrência de lesões metacrônicas, pós-procedimento, foi maior em pacientes submetidos à ressecção endoscópica do que à cirúrgica. Segundo Kim, em 2014, 4,7% RE vs 0% RC, assim como Choi, 2015, que apresentou 6,1% RE vs 0,9% RC, e Park, 2014, 12 lesões RE vs 2 RC. Entretanto, aproximadamente 90% dos pacientes com as lesões foram curados com novo procedimento endoscópico em todos os estudos. Kim Y,em 2015, apresentou um número de complicações tardias maior em RC, sendo a maioria (92,9%) grau III ou superior, de acordo com a classificação de Clavien-Dindo, corroborando com as conclusões de Chang em 2017. Todos as pesquisas corroboraram que foi o menor tempo de internação em RE do que em RC, e de acordo com Choi, em 2015, houve mais eventos adversos no procedimento cirúrgico do que endoscópico (7,9% vs 2,7%). Demais resultados foram similares e os estudos apontaram a ressecção endoscópica como escolha eficiente.
CONCLUSÕES
Considerando o critério de recidiva, não há concordância significativa entre a literatura, ficando evidente de que 90% dos pacientes obtém cura com a ressecção endoscópica. No entanto, houve consonância ao dizer que o tempo de internação e obtenção de menores efeitos adversos são obtidos na ressecção endoscópica. Atendendo os critérios de indicação, a ressecção endoscópica tem maiores benefícios e se torna uma ótima alternativa à ressecção cirúrgica.
Área
ESTÔMAGO E DUODENO
Instituições
Universidade Luterana do Brasil - Rio Grande do Sul - Brasil
Autores
Camila Bauer Albarrán, Guilherme Ribeiro, Arthur Bueno Luzardo, Gabriele Klein Da Silva, Laura De Ross Rossi